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Rússia estaria invadindo celulares de soldados da OTAN

Por| 05 de Outubro de 2017 às 10h39

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Rússia estaria invadindo celulares de soldados da OTAN
Rússia estaria invadindo celulares de soldados da OTAN

Soldados da OTAN seriam o novo alvo de uma campanha de guerra digital do governo russo. De acordo com informações publicadas na imprensa norte-americana nesta quinta-feira (05), tanto oficiais quanto membros de escalão mais baixo das forças instaladas em países como Polônia e nos Estados Bálticos estariam tendo seus smartphones invadidos por hackers trabalhando em nome do Kremlin.

O objetivo seria a obtenção de informações pessoais dos envolvidos nas operações, além de acesso a listas de contatos, mensageiros e redes sociais, principalmente o Facebook. Em alguns casos, soldados notaram informações desaparecendo de seus smartphones ou comportamento irregular durante a transmissão de dados, o que pode sugerir uma interceptação.

Para realizar tudo isso, a Rússia estaria usando antenas de longa distância, drones e até mesmo agentes infiltrados. Em uma história digna de filmes de conspiração, soldados da OTAN instalados nos países-alvo teriam apontado a presença de estranhos em suas unidades, muitos deles agindo como se os conhecessem e, inclusive, revelando saberem de informações pessoais de oficiais e outros membros das forças – nesse caso, todos os relatos foram feitos por norte-americanos.

Para lidar com a situação, os agentes da OTAN passaram a remover os SIM cards de seus aparelhos durante operações, utilizando-os de forma conectada apenas em locais específicos, nos quais a conexão é controlada e o tráfego analisado. Os recrutas estariam sendo orientados a deixarem os aparelhos para trás, a não ser que o uso da tecnologia seja necessário para a missão.

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De acordo com as informações preliminares, todos os dados obtidos pelos hackers estariam disponíveis publicamente, sem qualquer invasão correspondendo à obtenção de dados confidenciais. Mesmo assim, as tentativas continuam, o que fez com que oficiais passassem a acreditar se tratar de uma campanha de intimidação, criada para mostrar aos soldados e comandantes que a Rússia está “de olho” no que está acontecendo nos países próximos.

O temor, por outro lado, é que a campanha evolua para algo maior, com os hackers, por exemplo, introduzindo cavalos de troia em smartphones que podem, mais tarde, transferi-los para redes internas. Isso, sim, causaria altos danos a operações e à segurança dos envolvidos, com o vazamento de informações confidenciais para o outro lado desse conflito.

O governo russo negou qualquer tentativa de invasão ou os ataques digitais contra soldados da OTAN. A negativa veio em um breve comunicado oficial.

Fonte: The Wall Street Journal