Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Austrália sabia que China foi responsável por ciberataques a partidos do país

Por| 17 de Setembro de 2019 às 23h50

Link copiado!

Austrália sabia que China foi responsável por ciberataques a partidos do país
Austrália sabia que China foi responsável por ciberataques a partidos do país

A agência de inteligência cibernética da Austrália (ASD) concluiu que a China foi a responsável por um ataque cibernético que aconteceu no começo deste ano contra o parlamento nacional e os três maiores partidos políticos do país, como forma de tentar desestabilizar as eleições que aconteceram em maio.

De acordo com o que cinco fontes anônimas revelaram para a Reuters, a Austrália sabia desde março que foi a China a autora dos ciberataques em questão, mas o Departamento de Relações Exteriores recomendou que a descoberta continuasse em segredo para que as relações comerciais entre os dois países não fossem rompidas e, por isso, o governo australiano nunca divulgou publicamente o resultado das investigações sobre os responsáveis pelo ataque.

De acordo com uma das fontes, existia uma perspectiva muito real de prejuízo à economia caso o autor dos ataques fosse revelado, pois a opinião pública obrigaria que o governo da Austrália rompesse as relações comerciais que o país possui com a China. Desde 2015, China e Austrália fazem parte de um acordo de livre comércio, pelo qual nenhum dos países paga impostos para exportar ou importar produtos e serviços um do outro, e desde 2014 o país asiático já é o maior parceiro comercial da Austrália, responsável por ⅔ de todas as exportações do país. Por isso, o rompimento de relações comerciais entre eles seria um desastre para a economia australiana.

Em resposta à indagações feitas pela Reuters, tanto a ASD quanto o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, se recusaram a comentar sobre o assunto. Já o ministro das Relações Exteriores da China negou qualquer envolvimento do país no ataque, afirmando que a internet está cheia de teorias difíceis de acompanhar e que é preciso ter provas completas e irrefutáveis antes de reportar um incidente online, para não cair no perigo de se estar criando apenas rumores infundados.

Continua após a publicidade

Fonte: Reuters