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Caixa quer reduzir filas nas agências abrindo de 45 milhões de contas digitais

Por| 12 de Maio de 2020 às 07h20

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Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal, afirmou nesta segunda-feira (11) que o banco pode abrir até 45 milhões de novas contas digitais nos próximos meses. O objetivo é reduzir as filas nas agências na hora de fazer com que os brasileiros recebam o auxílio emergencial contra a pandemia da Covid-19

A afirmação de Guimarães foi feita durante videoconferência pública perante uma comissão mista dedicada a fiscalizar ações do governo no combate à pandemi. Ele destacou que o atendimento aos recipientes do auxílio ainda precisa de forte atuação presencial, em agências bancárias e casa lotéricas, mas o aprimoramento da logística tem o potencial de promover “uma revolução”. "Parte dos beneficiários tem conhecimento maior [sobre tecnologia], mas alguns precisam de ajuda. Ao longo do tempo, vão tendo treinamento. Faremos um atendimento totalmente digital. Este programa irá mudar a vida dos brasileiros", afirmou o executivo.

Questionamentos

Ainda nesta segunda-feira, o presidente da Caixa foi questionado pelos parlamentares membros da comissão sobre as cenas de longas filas e agências lotadas, foram registradas nos primeiros dias da distribuição do auxílio emergencial. O relator da comissão, deputado Francisco Jr. (PSD-GO), parabenizou o banco pelo empenho na condução do programa, mas alertou para o perigo das aglomerações no atendimento presencial. Segundo ele, "a população é colocada em situação de risco para sobreviver, o que seria um contrassenso".

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Também durante a sessão, as senadoras Eliziane Gama (Cidadania-MA) e Zenaide Maia (Pros-RN) questionaram sobre a lotação excessiva nos pontos de atendimento e sobre as alternativas às agências físicas. O presidente da Caixa afirmou que o pagamento do auxílio emergencial também pode ser feito em uma das 13 mil casas lotéricas, bem como nas redes de 52 outros bancos, além da própria estruturada Caixa. Além disso, a instituição tem contratado novos funcionários para as regiões de maior demanda.

Já os senadores Esperidião Amin (PP-SC), Chico Rodrigues (DEM-RR) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) levantaram suas preocupações em relação aos cidadãos que ainda não tiveram os seus cadastros para o auxílio emergencial aprovados. Eles mencionaram os beneficiários que serão incluídos após a sanção do projeto de lei (PL 873/2020) que expandiu as categorias profissionais que terão direito ao valor de R$ 600 .

Sobre o tema, Guimarães explicou que todos os cidadãos elegíveis para o auxílio que se inscreverem até o dia 3 de julho terão a garantia do recebimento das três parcelas. No entanto, cerca de 17 milhões de cadastros da primeira leva de inscrições ainda estão pendentes, devido a irregularidades no preenchimento das informações. Mas o executivo afirmou que queles que estiverem regulares devem ser liberados em breve. Os titulares desses cadastros receberão a primeira parcela na mesma data do pagamento da segunda, de forma acumulada. Até agora, 50 milhões de brasileiros já estão recebendo o auxílio emergencial - o que equivale a quase um quarto (cerca de 24%) da população nacional

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Combate às fraudes

Os senadores Izalci Lucas (PSDB-DF) e Vanderlan Cardoso (PSD-GO) tocaram no assunto dos cadastros fraudulentos, feitos por cidadãos que não têm o direito ao benenfício. Lucas falou ainda sobre denúncias de "ataques" aos servidores da Caixa Econômica Federal nos pontos de atendimento. Para este tópico, o executivo da Caixa afirmou que as fraudes já foram reduzidas de forma significativa - mas não especificou um percentual. Além disso, a redução dos golpes seguiu o mesmo ritmo da diminuição das filas, como parte do esforço de aprimoramento da execução do programa. Já quanto ao tratamento dispensado aos servidores, o presidente da Caixa fez um desagravo aos profissionais, que chamou de "heróis". Segundo ele, os funcionários trabalham de segunda a sábado, e por vezes aos domingos, atendendo uma média de 500 pessoas por dia.

Pedro Guimarães também respondeu a perguntas sobre a atuação da Caixa no mercado de crédito para estimular a economia. Segundo o presidente, o banco já ofereceu R$ 154 bilhões em linhas de crédito facilitadas, com foco nos microempreendedores e no crédito imobiliário, com juros anuais a partir de 6,5%. Além disso, instituições de saúde como as santas casas também contam com atendimento especial.

Fonte: Agência Senado