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10 lições dos pensadores de gestão que estiveram no Brasil em 2019

Por| 21 de Fevereiro de 2020 às 09h00

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10 lições dos pensadores de gestão que estiveram no Brasil em 2019
10 lições dos pensadores de gestão que estiveram no Brasil em 2019

A HSM lista os principais aprendizados para as companhias brasileiras baseada no conteúdo dos principais especialistas que estiveram no país no último ano. Dito isso, 2019 foi marcado pela transformação digital, impulsionado principalmente pelo avanço de novas tecnologias, como a inteligência artificial, o blockchain, a realidade virtual, entre outras. E, de acordo com o estudo Business Impact Insights, realizado pela CI&T, oito entre cada dez executivos percebem a transformação digital como um fator que impacta diretamente o seu mercado de atuação.

Diante desse cenário, a HSM mapeou as dez principais lições dos pensadores da gestão que estiveram no Brasil no último ano. Vamos a elas?

1. Autoconhecimento é fundamental

Yuval Noah Harari, um dos principais pensadores da atualidade e especialista em história mundial, esteve na HSM Expo 2019, e reforçou que “o avanço da tecnologia significa que governos e empresas estão cada vez mais próximos de hackear milhões de seres humanos. Nesse processo, é fundamental seguir um conselho antigo: conhecer a si mesmo”.

De acordo com o historiador “a tecnologia pode causar a disrupção da nossa biologia, a habilidade de recriar a engenharia da vida humana. Depois de anos guiados pela seleção natural, vamos entrar em uma nova era de vida. No qual, podemos cometer erros de usar as tecnologias apenas para o aprimoramento de capacidades como, por exemplo, inteligência e disciplina, e ignorar sensibilidade e criatividade. Isso pode trazer seres humanos superinteligentes, mas que não têm profundidade espiritual, o que pode provocar o downgrade da nossa espécie”.

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Por isso, a importância de conhecer a si mesmo pois, segundo ele, “a habilidade mais importante para o mercado de trabalho no futuro será ensinar como aprender e como continuar mudando ao longo da vida”.

2. Será preciso se reinventar a cada década

Harari falou também sobre os impactos do avanço da inteligência artificial. “O mundo viverá uma revolução da Inteligência Artificial até 2025 – e uma ainda maior em 2035. O ser humano precisará se reinventar a cada nova década”.

Os desafios da revolução tecnológica para as próximas gerações também foram abordados por Harari – principalmente em um futuro onde os algoritmos serão capazes de nos conhecer melhor do que ninguém. “Essas informações podem valer bilhões. Podem ser perigosas se caírem nas mãos de grandes corporações”, disse.

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3. Acesso à informação para o desenvolvimento social

William Kamkwamba, engenheiro conhecido pelo potencial de inovação que inspirou o filme “O menino que descobriu o vento”, esteve no Brasil durante a HSM Expo 2019 e destacou a importância do acesso à informação para o desenvolvimento social e para a disrupção.

“Muitas pessoas têm receio de inovar porque acham que a solução a que estão dedicadas é muito pequena. Frequentemente duvidamos de nós mesmos e temos que sair desse estado. A inovação não é algo distante, mas sim qualquer ideia que resolva um problema do dia a dia, por exemplo”.

4. Bem-estar, sabedoria e capacidade de tomar decisões

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Arianna Huffington, fundadora do The Huffington Post e CEO da Thrive Global, alertou para as consequências que uma vida 100% conectada trazem para o mercado de trabalho. “Em 2007, tive um colapso por exaustão. E passei a refletir sobre o tema, chegando à conclusão de que geralmente a gente reduz o sucesso a duas métricas: dinheiro e poder. Isso não é uma vida completa.

A terceira métrica inclui o bem-estar, sabedoria e capacidade de tomar decisões. Nós não podemos negligenciar esse terceiro fator se quisermos ter uma vida completa”. Arianna reforça que é fundamental que o mundo corporativo olhe mais para a saúde mental e bem-estar de seus funcionários.

5. O mundo está dividido

Fareed Zakaria, escritor e jornalista especializado em políticas internacionais, ressaltou que “estamos em um novo mundo em que temos um concorrente genuíno para os EUA: a China, que está se desenvolvendo em uma escala nunca vista, com o orgulho e ambição cultural inédito.

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O embate entre essas duas civilizações, a "Atenas" e "Esparta" da nossa época, vai definir o mundo de vocês e dos seus filhos também”. Ele ainda acrescenta que “o mundo todo está dividido, não há meio-termo. Especialmente em países com grande desigualdade social, líderes globais estão capturando o ressentimento entre as classes para se eleger, isso também foi visto no Brasil.”

6. A educação como ferramenta de transformação

Taddy Blecher, CEO do Instituto Mararishi, que fomenta a educação africana, falou durante o SingularityU Brazil Summit, sobre o potencial de transformação da educação. “Precisamos ir mais a fundo nesses problemas. Vocês vão ouvir muito sobre tecnologia e como ela pode mudar o mundo.

A inteligência artificial sozinha não é tão poderosa quando usada em parceria com a mente humana”, argumentou. De acordo com o executivo, o futuro da educação será a personalização para a necessidade de cada criança, pois o indivíduo é único. “Precisamos treinar humanos para serem humanos e ensinar criatividade, soluções problemas e educação tridimensional”, acrescentou.

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7. Estratégia para companhias disruptivas

Sean Ellis, considerado o pai do growth hacking, reforçou sobre as estratégias que criam companhias disruptivas não só para seu próprio setor, mas para diferentes áreas, como Facebook e Uber.

“Para ser eficiente são necessárias três premissas: mindset de crescimento, foco em dados e missão compartilhada. É necessário estabelecer métricas atreladas à missão da companhia para obter sucesso sustentável e verdadeiro”, concluiu.

8. Confiança é fundamental para a construção de equipes de alta performance

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Paul Zak, renomado neuroeconomista norte-americano, mostrou como o hormônio da oxitocina pode afetar diretamente o comportamento humano e suas relações de confiança e empatia na sociedade e na economia.

"A oxitocina, também conhecida como o hormônio do amor, tem função adicional de estimular a solidariedade, a empatia e a confiança – o que pode alavancar os resultados de uma empresa, mudar os rumos da economia e de uma nação." Zak também ensinou como criar equipes e empresas de alta performance por meio da confiança.

“Estamos atrás de equipes e empresas de alta performance. Pelos nossos estudos, percebemos que a confiança é extremamente importante. Se o líder confia no seu time, ele tem mais tempo para dar foco a outras atividades. Assim, a confiança reduz o risco de falhas e ainda pode aumentar os lucros, porque você terá funcionários mais comprometidos e satisfeitos.”

9. Menos é mais

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Steven Kotler, especialista em expansão da consciência e alta performance, o autor do best-seller “Roubando Fogo”, explicou que podemos atingir um estado de “flow” – o mais alto nível de foco, concentração e produtividade.

“Reduzir, desativar áreas é o que verdadeiramente colabora para a atenção completa. Existe um ponto positivo nisso, que é a ausência de ansiedade e medo. Quando estamos nesse estado, hormônios de estresse saem do nosso sistema. Cinco dos neuroquímicos mais potentes aparecem ao mesmo tempo e trazem o que chamamos de triângulo do alto desempenho: motivação, criatividade e aprendizado".

10. Mudanças Disruptivas

Charlene Li, considerada uma das mentes mais criativas do planeta pela revista Fast Company e especialista em estratégias de inovação enfatizou os mecanismos de disrupção e a importância das empresas conseguiram se transformar ao longo do tempo.

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“Um líder disruptivo precisa criar uma mudança exponencial”, afirmou a especialista. Charlene também ressaltou a importância de pensar no seu futuro cliente e como fazer isso, dando cinco sugestões para atingir esse objetivo: colocar os seus clientes em um gráfico; ter curiosidade sobre quem eles são – como se sentem, como pensam, o que fazem, o que dizem; criar um quadro de Conselhos para seus clientes; definir o seu futuro cliente com pesquisas, e não com rumores; e conectar-se com seus clientes mais engajados. “Um líder disruptivo precisa criar uma mudança exponencial”, afirmou a especialista.