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Vendas de jogos third-party começam fracas no Nintendo Switch 2

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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O Nintendo Switch 2 foi o maior lançamento de console doméstico de todos os tempos, com 3,5 milhões de unidades vendidas em apenas 4 dias. Apesar disso, é possível que jogos de desenvolvedoras parceiras estejam passando por vendas abaixo da média.

Como era de se esperar, o novo console da Nintendo teve um forte desempenho com seus jogos first-party, representando 62% das vendas de games físicos nos EUA (excluindo o Mario Kart World Bundle), de acordo com a empresa de dados Circana. No primeiro Nintendo Switch, o número de vendas de first-party em mídia física representou 81% no mês de lançamento do console.

No Reino Unido, 48% dos jogos físicos vendidos para o Switch 2 foram first-party. Incluindo o jogo de kart da Nintendo, esse número sobe para 86%, segundo a empresa de análise de mercado NielsenIQ. Já no primeiro Switch, a proporção foi de 89% de jogos físicos first-party em comparação com as vendas de títulos de terceiros no território

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Vale lembrar que o Nintendo Switch 2 foi lançado há 15 dias. Os valores podem mudar até o console completar seu primeiro mês no mercado. 

Apesar dos números apontarem que o Switch 1 vendeu um número proporcionalmente maior de jogos da própria Nintendo do que seu sucessor (e, proprocionalmente, mais jogos third-party), temos de considerar que o primeiro híbrido da Big N chegou ao mercado com apenas cinco títulos: The Legend of Zelda: Breath of the Wild, 1-2-Switch, Just Dance 2017, Skylanders Imaginators e Super Bomberman R. No caso do Nintendo Switch 2, a história é um pouco diferente, já que o console estreou com 13 títulos em mídia física, o que representa uma concorrência mais ampla.

O The Game Business, projeto comandado pelo jornalista Christopher Dring, destaca que, embora o cenário seja de aparente melhora, "é difícil descrever essas estatísticas como positivas". A matéria aponta que a maioria dos jogos de desenvolvedoras terceirizadas registrou números “muito baixos”. Uma editora, que preferiu não se identificar, afirma que o desempenho das vendas ficou “abaixo das nossas estimativas mais baixas”.

Cyberpunk 2077: Ultimate Edition liderou as vendas entre os jogos físicos third-party, superando inclusive as vendas de lançamento de The Witcher 3 no primeiro Nintendo Switch

A SEGA foi a terceira maior publisher no Nintendo Switch 2 no lançamento, com Yakuza 0 Director's Cut, Puyo-Puyo Tetris 25 e Sonic X Shadow Generations. Na última quinta-feira (19), a japonesa também lançou RAIDOU Remastered: The Mystery of the Soulless Army, mas suas vendas não foram contabilizadas na análise.

Há uma concorrência gritante no Nintendo Switch 2 em comparação com o primeiro. O lançamento do novo console contou com 24 lançamentos (mídias físicas, digitais e Game-Key Cards), além de títulos disponíveis por retrocompatibilidade, upgrades para Nintendo Switch 2 e os próprios first-party da Big N.

Vale lembrar que, com o bundle, Mario Kart World também foi o maior lançamento em número de vendas disparado. Então é possível que os jogadores ainda estejam ocupados no novo Mario Kart, por isso não investiram em novos jogos.

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Christopher Dring também destaca que a Nintendo não enviou o Switch 2 para a imprensa antes do lançamento, ou seja, não houve reviews de nenhum desses jogos de terceiros, o que pode afetar a decisão de jogadores que baseiam suas compras em análises. 

Outro fator que pode ter afetado os third-party é que a maioria dos títulos são ports para o Switch 2, ou seja, já estavam disponíveis em outras plataformas anteriormente, o que pode desencorajar a compra por jogadores que já possuem os jogos no PC, PlayStation 5 ou Xbox Series X|S.

Game-Key Cards são os grandes culpados?

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Uma das polêmicas envolvendo o Nintendo Switch 2 foram os Game-Key Cards (GKC), um tipo de mídia física que não contém o jogo completo, sendo necessário baixar o restante do conteúdo no console. Muitos dos lançamentos que vimos no novo console da Big N são justamente através dessa nova mídia, o que poderia ser outro fator para títulos de terceiros, vista a impopularidade dos GKCs.

Foi reportado que algumas desenvolvedoras optaram por lançar seus jogos nesse formato porque a Nintendo limitou as opções de cartucho físico tradicional exclusivamente a 64GB, que custam mais caro e não fazem sentido para jogos menores, de 1 ou 2 GB de armazenamento, por exemplo.

Cyberpunk 2077: Ultimate Edition foi lançado em mídia física tradicional, o que, para alguns, justifica o fato de o jogo ser o mais vendido entre os títulos de terceiros.

Apesar de poder ser um dos motivos das baixas vendas de third-party no Nintendo Switch 2, o Diretor de Pesquisa e Insights da Niko Partners, Daniel Ahmad, reafirmou todos os outros motivos citados acima com relação à concorrência e à maior oferta de títulos do Switch 2 em comparação ao primeiro.

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“A realidade é que os Game-Key Cards não são um grande problema no panorama geral fora dos círculos de entusiastas, e ter uma versão física do jogo (que exige o download do jogo) não é um problema para a maioria dos jogadores”, afirmou Ahmad em um post no X (antigo Twitter).

Christopher Dring repondeu aos comentários de Ahmad dizendo que "De fato. Os Game-Key Card não são a razão para esses números. Provavelmente é um problema menor".

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Fonte: The Game Business Show

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