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Ubisoft se desculpa por retração de minorias em AC Valhalla e Watch Dogs: Legion

Por| 12 de Novembro de 2020 às 17h35

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Ubisoft se desculpa por retração de minorias em AC Valhalla e Watch Dogs: Legion
Ubisoft se desculpa por retração de minorias em AC Valhalla e Watch Dogs: Legion
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A Ubisoft pediu desculpas e vai lançar atualizações para seus dois títulos mais recentes Assassin’s Creed Valhalla e Watch Dogs: Legion, por motivos diferentes, mas que envolem questões de minorias.

No caso de Assassin’s Creed Valhalla, o problema está na descrição da personagem Eorforwine, com uma linguagem capacitista. Ela é apresentada no códice do game como uma pessoa que sofreu uma “queimadura horrível na infância”. Com isso, ainda pelo texto, “Eorforwine tem medo de que alguém veja seu rosto desfigurado”.

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A crítica veio de Courtney Craven, ativista de acessibilidade, cuja namorada também foi vítima de queimaduras e sofre de baixa auto-estima com cicatrizes no corpo. “É absolutamente inaceitável que se fale de diferenças faciais desta forma”, ela criticou.

Em resposta, a Ubisoft pediu desculpas e disse que vai modificar a descrição. “Muito obrigado por nos chamar atenção para isso. Pedimos desculpas pelo reforço não intencional capacitista com essa linguagem. Vamos remover o texto em uma próxima atualização”, prometeu a companhia em publicação no Twitter.

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Transfobia

Outro caso de deslize aconteceu em Watch Dogs: Legion. A Ubisoft prometeu retirar dois podcasts narrados pela jornalista britânica Helen Lewis. Ela está envolvida em polêmica por publicar algumas colunas de opiniões sobre gênero com conteúdo transfóbico.

Em 2017, ela escreveu para o The Times um artigo em que dizia que “um homem não poderia apenas dizer que se tornou uma mulher”. A crítica dela é sobre a possibilidade de definição de uma pessoa sobre seu próprio gênero: “Agora, é uma questão de essência interna, de alma, se você preferir. Ser uma mulher ou homem está totalmente em sua cabeça”, pontuou com ironia. Com isso, Lewis ficou marcada como transexclusiva. A jornalista, então, relatou que estaria sofrendo perseguição por conta de suas opiniões.

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Diante do histórico da jornalista, a Ubisoft disse que vai retirar os dois podcast fictícios que ela narra dentro do jogo. A jornalista apenas emprestou sua voz para o material, sendo que todo roteiro foi escrito pelos desenvolvedores. Em Watch Dogs: Legion, ela comanda um programa chamado BucaanEar, que critica o levante fascista dentro da narrativa do game.

Em resposta, a Ubisoft disse que as opiniões dela não refletem aos pensamentos da empresa nem do jogo. “O time de desenvolvimento trabalhou com uma produtora externa para selecionar os perfis para narradores destes podcasts e não estávamos cientes da questão controversa na época da seleção e gravação. Mesmo que os podcasters dentro do jogo sigam um roteiro pré-aprovado e não estejam falando em seu próprio nome ou dando duas opiniões, entendemos que esta colaboração por si só pode ser vista como ofensiva e sentimos profundamente por qualquer dor que tenhamos causado”, completa a nota da empresa.

Os dois podcasts também serão retirados do jogo em atualização futura, também sem data para que isso aconteça. “Vamos também reforçar nossa verificação de perfis com parceiros no futuro”, adicionou a empresa.

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Watch Dogs: Legion foi lançado em 29 de outubro e Assassin’s Creed Valhalla em 10 de novembro, ambos para PlayStation 4, Xbox One, PC, Google Stadia e com versões para PlayStation 5 e Xbox Series S|X.

Fonte: Kotaku, Courtney Craven (via Twitter), Ubisoft (via Twitter)