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Traficante de Pokémon é preso no Japão e pode levar multa absurda

Por| 15 de Abril de 2024 às 17h25

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The Pokémon Company
The Pokémon Company

Um homem de 36 anos foi preso na cidade japonesa de Uji por causa da venda ilegal de Pokémon. O designer de interiores Yoshihiro Yamakawa hackeava os dados dos jogos Pokémon Scarlet e Violet e vendia os monstrinhos alterados para outros jogadores. 

A prática em si é um tanto comum na internet e consiste em criar dados dos Pokémon com seus atributos modificados, trazendo números de ataque e defesa próximos da perfeição. Esses Pokémon hackeados são, então, comercializados pela internet e enviados para o game do comprador por meio de uma troca comum.

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De acordo com a polícia japonesa, Yamakawa usava uma ferramenta especial que alterava os arquivos do jogo, permitindo que ele colocasse os atributos que o cliente desejasse, além de alterar outras características dos bichinhos, como sua cor.

Só que esse tipo de alteração vai contra as regras da Nintendo e da The Pokémon Company. Mais do que isso, viola uma lei japonesa feita justamente para impedir a competição desleal, assinada em 1934 no país. A chamada Lei de Prevenção à Competição Injusta evoluiu ao longo anos e passou a englobar questões do mundo digital, incluindo videogames. E, desde 2003, ela passou a trazer sanções criminais aos infratores.

Por causa disso, Yamakawa pode sofrer duras penas. Por enquanto, ele está apenas detido, mas esse tráfico ilegal de Pokémon pirata pode render uma multa de 5 milhões de ienes — o equivalente a R$ 168 mil na cotação atual. Mais do que isso, ele ainda pode ir para a cadeia, já que a lei prevê cinco anos de prisão para casos assim.

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De acordo com a polícia de Kyoto, o homem chegou a ser detido no início de abril. Na ocasião, o acusado chegou a reconhecer que sabia da ilegalidade das vendas e que fazia isso para se sustentar. Segundo as autoridades, ele vendia cada Pokémon alterado por 13 mil ienes (cerca de R$ 437).

Por isso, um inquérito deve ser aberto para investigar o quanto o homem lucrou com a atividade. A suspeita inicial é que ele tenha conseguido acumular milhões de ienes antes de ser preso.

Outros casos

O mais bizarro disso tudo é que Yamakawa não foi o primeiro homem a ser preso por vender Pokémon hackeados no Japão. Em 2021, outro traficante de Pokémon foi detido pela polícia nipônica. No caso, ele alterava dados dos monstrinhos nos jogos Sword e Shield, mas o modus operandi da ação é praticamente o mesmo.

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Por isso, a The Pokémon Company é uma das empresas que mais acompanha as movimentações desse submundo, principalmente para monitorar as ações que podem impactar seu cenário competitivo.