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Spellcasters Chronicles: jogamos o novo game multiplayer dos devs de Heavy Rain

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Quantic Dream
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Se você gosta de um bom jogo single-player com grande foco em narrativa que é afetada por suas escolhas, com certeza você já jogou alguns dos títulos da Quantic Dream. Ela é responsável por Detroit: Become Human, Beyond Two Souls e Heavy Rain e é conhecida por esse gênero há anos. Porém o estúdio quer mudar esse conceito popular radicalmente com o novo game SpellCasters Chronicles.

O novo game é nada menos do que um mutilplayer com heróis em equipes, com foco em ação e estratégia e uma pitada de MOBA, com estilo artístico cartunesco, algo totalmente diferente das propostas anteriores.

O Canaltech pôde jogar o game em um teste antecipado e fechado para a imprensa; agora, o jogo já tem um beta aberto por tempo limitado no PC.

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Spellcasters Chronicles na prática

Diferente de um MOBA tradicional, aqui você invoca os minions. O jogo promete a capacidade de conjurar centenas de criaturas simultaneamente, dos mais variados, em uma partida envolvendo as duas equipes. Essa característica, por si só, impõe um grande estresse computacional por conta dos inúmeros elementos na tela ao mesmo tempo, afetando diretamente os requisitos e exigências para rodar o jogo.

Você não está preso ao chão, já que o gameplay introduz combate aéreo dinâmico. Como um Spellcaster, você comanda o campo de batalha dos céus, voando para ter uma visão tática ou para enfrentar inimigos no ar, principalmente jogadores rivais. Isso muda a dinâmica de "ganks" em terra e posicionamento que conhecemos em jogos do gênero.

No teste que participei, os heróis já tinham suas próprias builds pré-estabelecidas, mas, na versão final, você poderá customizar todo o seu deck. Com o que estava à disposição, era possível conjurar algumas magias diferentes e invocar tipos diferentes de monstros com certo limite, algo ao atrelado ao nível do personagem que vai subindo durante a partida.

E falando nisso, a cada novo nível ganho, você consegue "upar" e escolher uma nova vantagem, como aumentar a vida ou uma nova magia. Isso é feito no meio da loucura da ação. Esse fortalecimento é essencial, já que o inimigo também  está ficando mais forte com o passar da partida.

No mapa, você estabelece algumas bases, que são usadas para invocar as criaturas e o poderoso titã, peça-chave para o sucesso da partida, já que ele é extremamente poderoso e destrói tudo o que está pela frente, até outros titãs. Como as equipes contam com três integrantes, cada um pode chamar um monstrengo desse, adicionando o puro caos no mapa.

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O objetivo da partida é destruir a base inimiga. Isso não é tão simples, claro, porque além de minions e mais minions invocados pelos inimigos, a torre principal do time rival está de olho nos inimigos, disparando um laser difícil de ser evitado e que mata logo. Por isso é necessário uma estratégia no avanço com sua equipe e suas tropas.

Enquanto a porrada come solta, geralmente no chão, você sobrevoa tudo e gerencia aquele caos, com dezenas de monstros se enfrentando ao mesmo tempo. Porém não dá para baixar a guarda, já que um jogador inimigo pode vir voando até você, o pegando desprevenido. Nessas horas, eu senti muita falta de um sistema de mira travada, já que é bastante difícil saber onde o inimigo está com o caos acontecendo.

Início conturbado no PC

Os requisitos de sistema de Spellcaster Chronicles são assustadores. O jogo, no mínimo, pede CPUs de 6 núcleos e 12 threads, RTX 2070 e, pasmem, 32 GB de RAM! Esse mesmo requisito é repassado para o nível recomendado, mas em vez de CPUs como Core i5 e Ryzen 5, os desenvolvedores pedem processadores de 8 núcleos e 16 threads, além da Radeon RX 9060 XT.

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Curiosamente, os desenvolvedores pedem, pelo menos, 10 GB de VRAM nos requisitos recomendados. Isso significa que a RX 9060 XT pedida é o modelo de 16 GB. Além disso, eles mencionam ainda a RTX 3070, que não só é significativamente mais fraca, como também conta com somente 8 GB de memória de vídeo.

Requisitos mínimos para rodar Spellcasters Chronicles
ProcessadorIntel Core i5-11400 ou AMD Ryzen 5 5500 ou equivalente (6 core / 12 threads)
Placa de vídeoNVidia GeForce RTX 2070 ou Radeon RX 5700 ou equivalente com pelo menos 8 GB de VRAM
Memória32 GB de RAM
Armazenamento66 GB de SSD
Sistema operacionalWindows 11

No meu teste fechado para imprensa, experimentei o game rodando na nuvem, algo que acabou resultando em uma qualidade de imagem bem ruim, por isso não pude ver todo o potencial artístico de Spellcaster Chronicles, e muita latência nos comandos, atrapalhando bastante a experiência. Eu tentei participar do beta aberto no Steam, mas minha requisição não foi aceita, então não consegui ver na prática como o game roda.

Porém já existem relatos nos fóruns e o feedback é mais negativo do que positivo, muito por conta da falta de otimização, algo que dá para imaginar devido aos requisitos de sistema. Alguns jogadores dizem ainda que têm recebido uma mensagem de erro de CPU, mesmo com modelos mais modernos e até acima do pedido pela Quantic Dream.

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Requisitos recomendados – Spellcasters Chronicles
ProcessadorIntel Core i7-11700K ou AMD Ryzen 7 3700X ou equivalente (8 core / 16 threads)
Placa de vídeoNVidia GeForce RTX 3070 ou Radeon RX 9060 XT ou equivalente com pelo menos 10 GB de VRAM
Memória32 GB de RAM
Armazenamento66 GB de SSD
Sistema operacionalWindows 11

O futuro de Spellcasters Chronicles

Os desenvolvedores prometem suporte contínuo, claro, já que se trata de um jogo 100% online e gratuito. Pouco foi revelado até agora, mas o que chama a atenção é que o game receberá diferentes temporadas, e em cada uma delas "você irá se deparar com uma escolha que afetará a experiência e a história do jogo", algo bastante incomum para esse tipo de jogo e que também mostra o DNA da Quantic Dream de certa forma.

Não dá para negar, no entanto, que o game precisa passar por uma revisão na otimização. Os requisitos em geral são bem altos para um game online, nem mesmo jogos AAA com foco em campanha offline pedem tanta coisa assim, principalmente 32 GB de memória RAM, muito menos uma GPU moderna, capaz de entregar bom desempenho em 1440p em games exisgentes.

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Não é um tipo de jogo que vemos toda hora, por isso existe a chance de os desenvolvedores de Detroit: Become Human entregarem algo diferente, que mistura tower defense com MOBA e ação, com uma narrativa que promete ser única para jogos online em geral.

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