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PUBG | Mapa Taego traz novas mecânicas e um retorno às origens

Por| Editado por Bruna Penilhas | 15 de Julho de 2021 às 12h49

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Divulgação/Krafton
Divulgação/Krafton

A mais recente atualização de peso para PlayerUnknown's Battlegrounds (PUBG) é uma volta às raízes do battle royale que tornaram o título um sucesso absoluto. Teago, que foi lançado nos PCs em 7 de julho e chega aos consoles nesta quinta-feira (15), recupera o bom e velho estilo da marca, com um mapa gigantesco que traz novas oportunidades de confronto e posicionamento para os jogadores. Esse retorno representa que os usuários vão poder matar as saudades — e o mesmo também vale para os desenvolvedores.

É o que aponta Taehyun Kim, artista e líder do principal núcleo de desenvolvimento do game. A oportunidade é duplamente especial para a equipe de PUBG, não apenas pelo lançamento do primeiro mapa de oito quilômetros quadrados desde 2017, mas também por Taego representar a própria terra-natal dos desenvolvedores, a Coreia do Sul, onde também está o "quartel-general" de onde surgem algumas das principais novidades do título.

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“Enquanto jogador de PUBG, sentia falta de uma jogabilidade que permitisse explorar grandes áreas e as diferentes histórias que se criam nesse processo”, conta Taehyun, em entrevista exclusiva ao Canaltech. O foco em elementos que existem de verdade e são próximos dos produtores representou, ao mesmo tempo, um orgulho e também um desafio, já que a realidade nem sempre pode soar interessante quando transformada em videogame.

No caso de Taego, isso representou um olhar mais apurado para as características essenciais de PUBG. Afinal de contas, estamos falando de um estilo que representou a gênese do game, e agora, permite que até 100 jogadores se reúnam, sozinhos ou divididos em quartetos, para trocar tiros em uma abordagem mais tradicional, ainda que traga consigo algumas novidades exclusivas. Antes disso, entretanto, veio a preocupação com a ambientação, que parece ter servido como o ponto de partida.

Taehyun explica que o time sempre trabalha com arenas baseadas em cenários existentes, mas que elas nunca são implementadas como tal. “A parte mais difícil é decidir quais ambientes e tipos de terrenos são os mais divertidos para a jogabilidade. Por isso, nunca desenvolvemos estágios que reproduzam os locais reais”, conta o artista. Testes semanais e muito polimento servem para garantir que nada esteja fora do lugar e, principalmente, que a experiência seja rica e divertida por toda a extensão do estágio. “Nenhum mapa, em toda minha carreira, foi fácil de se desenvolver”, completa.

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Não se trata apenas do local em si, suas estruturas, posições de combate e pontos de cobertura, mas também da fauna existente. Em um de seus recursos exclusivos, Taego adiciona vida selvagem a PUBG, com pássaros que reagem aos jogadores e podem acabar com uma estratégia executada com perfeição, revelando o posicionamento dos usuários aos inimigos com um pio.

Eles não atacam, mas se tornaram uma nova força a ser levada em conta durante os tiroteios, gerando novas possibilidades de análise dos próprios equipamentos para que a escolha decisiva entre lutar ou fugir seja tomada. Além disso, Taehyun menciona que as aves podem indicar a direção de movimento, com o entendimento de seus padrões servindo como elemento estratégico durante as partidas.

Junte a isso uma preocupação com o enredo, que já vinha sendo evidenciada como um dos nortes do desenvolvimento atual em PUBG. Taego não fica de fora e recebeu de um curta estrelado por Ma Dong-seok (também conhecido como Don Lee, de Invasão Zumbi); Taehyun não entrega mais detalhes, mas revela que a experiência final também traz os seus segredos: “pelo mapa, os jogadores poderão ver sinais que acrescentam à trama".

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Algo velho, algo novo

Ground Zero, a produção que serve como introdução a Taego, também se relaciona diretamente a outra mecânica que estreia junto com o mapa. Ao contrário do que acontece no restante da experiência com PUBG, as mortes no cenário inspirado na Coreia do Sul podem não ser permanentes. Os usuários que morrerem durante o primeiro fechamento de zona do mapa terão uma segunda chance de voltar à partida.

Na chamada Arena Comeback, eles terão que conquistar esse direito lutando, em um conceito semelhante ao visto em outro sucesso do mundo do battle royale, as Gulags de Call of Duty Warzone. “Nossa intenção é reduzir a frustração [dos jogadores] que morrerem no começo das partidas, dando a eles uma segunda chance”, explica Taehyun.

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Outra adição é o kit de auto reviver, um item que permite que o próprio jogador se levante após cair sob os tiros dos inimigos. Ele pode fazer isso uma vez durante as partidas, algo que também adiciona mais um elemento estratégico, principalmente nos momentos de maior tensão, quando equipes inteiras estão cercadas por oponentes ou partindo para um combate franco. Como o battle royale só termina com todo mundo morto, a chance de voltar à vida sozinho é como um brinde caído do céu.

De acordo com o artista, a recepção dos jogadores às adições foi positiva, mesmo mudando fundamentalmente o aspecto de PUBG. Taehyun, entretanto, não comenta se os recursos poderão chegar também a outros mapas disponíveis no game e o mesmo também vale para as outras adições de Taego.

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Por outro lado, Taehyun deixa claro que o objetivo final é tornar a experiência fresca. “Sempre tento pensar em maneiras de proporcionar novas experiências aos usuários quando desenvolvo um novo mapa”, finaliza o artista. A ideia, daqui para a frente, é continuar ouvindo o feedback e trabalhando em mais adições — de preferência, novidades que mantenham todos “malucos” pelo título, como ele próprio descreveu as primeiras experiências dos combatentes em Taego.

O mapa já está disponível para os jogadores de PUBG nos PCs e chega nesta quinta-feira (15) ao PlayStation 4 e Xbox One. A atualização é gratuita para quem já possui o game.