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Prévia | Total War: Warhammer 3 adiciona tower defense ao já complexo combate

Por| Editado por Jones Oliveira | 13 de Maio de 2021 às 14h00

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Divulgação/Feral Interactive, Sega
Divulgação/Feral Interactive, Sega

Total War: Warhammer é uma franquia já bastante resolvida no mundo dos games. Os jogos da série carregam um misto de Age of Empires (nas batalhas) com um arranjo complexo como em Civilization. Veja bem, estamos falando aqui da mistura de dois games bastante profundos, o que gera um título ainda mais cheio de mecanismos a se conhecer.

A franquia agora chega ao fim da trilogia. Total War: Warhammer 3 não só pretender ser o desfecho da história icônica deste mundo tolkeniano, como também tem a missão de não ser apena mais um entre os três.

Por conta disso, os times de desenvolvimento da Creative Assembly e da Feral Interactive se desdobraram para adicionar novidades ao título. A principal delas é que Total War: Warhammer 3 tem um novo modo especial de batalha, com encontros épicos, o qual mistura uma série de gêneros em um combate.

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O Canaltech foi convidado pela SEGA para experimentar o novo modo de batalha. Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que, por conta da COVID-19, o gameplay do jogo foi em modo remoto, via Parsec. Logo, problemas com jogabilidade e problemas gráficos não serão considerados neste texto.

Contexto

Total War Warhammer 3 vai colocar o jogador em uma batalha contra facções de quatro entidades chamadas de Chaos Gods (ou Deuses do Caos, em tradução livre). Como ainda não há uma versão do jogo com tradução oficial para português brasileiro, os nomes serão colocados aqui em inglês para manter a integridade.

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A gameplay da qual o Canaltech participou não deu acesso à campanha, nem aprofunda história. A narrativa apresentada pelos desenvolvedores foi suficiente para entender a batalha.

Segundo os desenvolvedores, batalhas épicas serão raras na campanha, especificamente em combates contra chefões. No caso experimentado pelo Canaltech, havia o controle da civilização humana de Kislev, cuja citadela estava sendo invadida pelo deus do caos Khorne.

O objetivo do jogador, neste confronto, é defender o espaço contra hordas de inimigos. É aqui que começa a nossa guerra.

Tower defense + Age of Empires

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Este modo de batalha épico é uma mistura de vários elementos. A quem não está familiarizado com os sistemas de combate da franquia Total War, ele é bastante similar ao que acontece em Age of Empires.

Assim, o jogador conta com uma tropa de diferentes tipos de soldados, entre cavaleiros, lanceiros, arqueiros e mais, cada um com sua vantagem e desvantagem. Com o exército, é preciso manejar cada batalhão para conseguir o melhor resultado possível. Até aqui, nada de inédito na franquia.

A novidade recai em elementos de tower defense, gênero no qual é preciso defender uma base de hordas de inimigos.

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É exatamente isso que acontece aqui. A batalha acontece diante de três pequenas regiões a serem dominadas (com nível de dificuldade que se eleva também). Ao tomar a primeira região, o jogador ganha recursos que podem ser usados de diferentes modos.

É possível melhorar o exército e invocar mais tropas para a batalha. Entretanto, o ponto mais inovador em Total War: Warhammer 3 é criar barricadas e torres para atrasar e ajudar a eliminar os inimigos. Pelo mapa, há pontos distintos nos quais é possível criar esses elementos de defesa. A ideia é que os recursos são bem limitados, sendo necessário escolher bem onde prefere por as principais defesas.

Ainda há diferentes níveis de barricadas e torres que podem ser criadas. Por exemplo: o jogador pode usar só paliçada para atrasar os inimigos, ou mesmo criar um muro fortalecido de pedra. Entretanto, exagerar na defesa com estes elementos atrapalhar nas melhorias de exército, caso o inimigo consiga invadir por estas barricadas.

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Como é possível já notar, Total War Warhammer 3 adiciona um elemento complexo a uma gameplay já bastante avançada e cheia de camadas. Como se já não fosse o suficiente, ainda há mais.

O jogador precisa passar por três áreas destas da seguinte forma. Enfrentando os inimigos para dominar a primeira e segurar as hordas de inimigos nesta região. Com este espaço estável, segue então para dominar a segunda área e segurar as hordas da nova região.

A questão é que, ao avançar, os inimigos não param de chegar lá na primeira área, então ainda é preciso ficar ligado em todos os lados, mesmo os já conquistados.

Isso significa que, quando as três áreas estão dominadas, a batalha vira efetivamente um combate épico, quase que de Senhor dos Anéis. Isso tem consequências positivas e negativas.

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O lado bom é que realmente a batalha vira algo gigante, épico e que exige estratégia do jogador. A visão na etapa final é de realmente estar diante de um combate de tropas monumentais.

Contudo, isso exige uma destreza bastante avençada. Veja bem: este jornalista que lhes escreve tentou vencer o confronto três vezes. Todas sem sucesso. Conversando com colegas que também participaram do preview, somente um efetivamente ganhou a batalha.

Segundo Ian Roxborough, diretor do jogo, o nível é realmente elevado, mas isso acontece por ser uma batalha de chefão. “São poucos estes encontros durante o game, e são batalhas mais avançadas mesmo. Assim, têm um nível de dificuldade de uma luta de chefão, é para ser desafiador”, contou em entrevista ao Canaltech.

É visível que os desenvolvedores pegaram vários elementos de tower defenses para colocar aqui. As torres, por exemplo, posicionadas no mapa, soltam bolas de energia ou raios para ajudar a controlar a área na qual estão posicionadas. “Sim, nós colocamos muito dos elementos de tower defenses que a gente conhece. Mas o que você vai perceber é que não se trata de um tower defense comum. Os elementos interagem com as mecânicas de Total War e criam algo novo. Era isso que a gente queria”, explica Oscar Andersson, designer sênior do título.

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Personagens especiais

Outra novidade de Total War Warhammer 3 são os personagens principais e os golpes únicos. Não que a série já não fosse recheada de generais e outros integrantes especiais nos exércitos. A questão é que, como a batalha adiciona elementos dos tower defenses, estes personagens novos também precisam de habilidades que colaborem com isso.

Na gameplay a que o Canaltech teve acesso, era possível controlar Katarin, a Rainha de Gelo. Ele conta com habilidades que envolvem jogar uma nevasca em um grupo de inimigos, até soltar uma metralhada de lascas de gelo nos oponentes.

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Para isso, Katarin conta com uma variedade bastante generosa (assim, adicionando mais complexidade ao jogo) de habilidade que resultam em diferentes consequências. O jogador pode usar a personagem para atrasar o adversário, eliminar um grupo de inimigos de uma vez e até melhoras características do seu próprio exército.

Confesso que, diante de uma gameplay de poucas horas, já com vários elementos acontecendo em tela, não tive tempo suficiente para descobrir todas as possibilidades de Katarin. Uma coisa, contudo, é certa: saber usar a personagem pode ser essencial para decidir a batalha.

Por fim, outro elemento bastante interessante do jogo é a possibilidade de invocar um animal de batalha. No caso da gameplay a que o Canaltech teve acesso, o jogador pode (lá no terceiro nível e com muito recurso) invocar um urso de gelo capaz de destroçar exércitos inteiros.

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Contudo, não é só o jogador que tem esse benefício. No final da batalha, Khorne também chama um demônio gigante e extremamente difícil de derrotar (foi para ele que eu morri várias das vezes).

Desta forma, Total War Warhammer 3 tem tudo para elevar ainda mais a experiência de quem gosta da complexidade da franquia. Para os novatos, há ainda uma nova camada de dificuldade para entrar na série. Segundo os desenvolvedores, eles têm noção de que isso é um problema e devem implementar um sistema de tutorial ainda mais robusto.

Total War Warhammer 3 será lançado para PC em 2021, ainda sem uma data específica para lançamento.