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Possível manipulação em competições de CSGO está sendo investigada pelo FBI

Por| Editado por Jones Oliveira | 05 de Abril de 2021 às 13h41

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Divulgação/Valve
Divulgação/Valve

Um suposto esquema de manipulação de partidas de Counter-Strike: Global Offensive virou tema de investigação federal. O FBI está investigando a possível trapaça envolvendo etapas norte-americanas da Mountain Dew League (MDL), com times recebendo suborno de serviços de apostas esportivas para gerar resultados determinados pelos envolvidos, com o objetivo de gerar lucros maiores.

O inquérito foi revelado por Ian Smith, líder da Comissão pela Integridade dos eSports (ESIC, na sigla em inglês), uma organização independente que atua desde 2016 com o intuito de investigar práticas danosas nesse segmento. De acordo com ele, a investigação federal também conta com o apoio de polícias locais e foi iniciada por um pedido da entidade, já que a prática estaria acontecendo há um bom tempo.

O período exato da suposta farsa, porém, não foi divulgado, assim como mais detalhes sobre times, partidas e organizações envolvidas. Smith revelou apenas se tratar de uma ocorrência “clássica” de combinação de resultados, que funciona de forma organizada a partir de um grupo pequeno, mas significativo, de jogadores com foco em ligas norte-americanas como a MDL. O torneio é o único citado, mas a longevidade do suposto esquema dá a entender que mais competições podem ter sido manipuladas desta maneira.

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Ainda segundo o comissário da ESIC, o FBI apenas recentemente começou a olhar com atenção para o problema das trapaças em partidas de eSports, com uma recém-inaugurada força-tarefa voltada para investigações desse tipo. Smith aponta que esse nunca foi realmente um problema nos Estados Unidos até agora, enquanto, na Austrália, onde a organização está sediada, esse tipo de manipulação já é tratada como crime.

As primeiras iniciativas desse tipo no país de origem, inclusive, devem ter resultados divulgados em breve, segundo o representante, com indiciamentos a serem divulgados nas próximas semanas. Smith, porém, diferenciou a questão dos EUA, ainda incipiente, daquela encontrada no ano passado na Austrália, com um grande escândalo envolvendo dezenas de jogadores e times, além de um sistema estabelecido entre as equipes e os sites de apostas esportivas.

Por lá, o escândalo envolveu mais de 40 jogadores, que chegaram a apostar contra ou a favor de seus próprios times, manipulando os resultados a partir das atuações individuais de forma a maximizar o ganho financeiro. As investigações levaram a banimentos temporários ou permanentes dos atletas em competições oficiais de CS:GO além de, na visão de Smith, terem chamado atenção para ocorrências semelhantes em outras partes do mundo.

Fonte: Kotaku