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Perder o Masters pra OpTic foi determinante para LOUD vencer agora, diz Saadhak

Por| Editado por Bruna Penilhas | 22 de Setembro de 2022 às 16h40

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Colin Young-Wolff/Riot Games
Colin Young-Wolff/Riot Games

A Loud se tornou campeã mundial de VALORANT no último final de semana, vencendo a sua maior rival, a OpTic Gaming, por 3 a 1 no Champions Istambul. Trata-se do maior campeonato do jogo, que colocou o Brasil nos holofotes do mundo inteiro.

Porém, a jornada também teve seus momentos tristes. Em abril, a LOUD ficou em segundo lugar no VALORANT Masters, perdendo na final para a OpTic; em julho, os brasileiros também perderam para os estadunidenses, mas no começo da competição. Em setembro, o cenário mudou de figura.

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“Nossa última derrota contra a OpTic realmente foi muito importante para nós”, disse o pro player Saadhak em entrevista coletiva à imprensa nesta quarta-feira (21). “Conseguimos nos fechar como um time e mudar nossa metodologia de trabalho. Consertamos falhas que tínhamos na preparação, e que, obviamente, não vou abrir detalhes. Mas isso foi determinante para conseguirmos virar o placar.”

Mesmo assim, o segundo lugar ainda foi um resultado surpreendente para o Brasil, um país que, apesar de causar grandes expectativas, nunca havia as conseguido atender. Vale mencionar também que o time da Loud surgiu apenas em fevereiro deste ano. Eles chegaram muito longe em pouco tempo.

Na opinião de Bzka, coach do time, “foi uma surpresa pra gente: ficamos em segundo lugar na Islândia (no VALORANT Masters de Reykjavík, contra a OpTic). Não esperávamos ir tão bem no nosso primeiro evento internacional”.

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Em maio deste ano, Bzka disse ao Canaltech que o VALORANT Champions era o objetivo do time desde a sua formação. “Estamos no caminho certo”, disse na época. Hoje, a história mostra que, de fato, eles estavam mesmo no caminho certo.

“Na nossa primeira reunião, aqui na sala de reuniões do CT [centro de treinamento], conversamos: ‘nosso objetivo, neste ano, é a Champions’. Sabíamos o que precisava ser feito para chegar lá, e fomos evoluindo aos poucos. Foi um processo e um aprendizado para todos os envolvidos. Só nós sabemos o que passamos para chegar até aqui”. Relembre o momento da vitória:

O preparo psicológico foi fundamental para a vitória, lembrou o coach. “Durante o campeonato, evoluímos muito. Conversamos muito sobre o que esperávamos da partida, do jogo, do que poderia acontecer”.

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Loud sentirá falta de competir contra OpTic

A partir do próximo ano, porém, essa rivalidade tende a diminuir: a OpTic não conseguiu garantir uma vaga no sistema de franquias do VALORANT. Outras organizações da América do Norte que ficaram de fora, por exemplo, foram a FaZe Clan e TSM. Aqui no Brasil, foi a Ninjas in Pyjamas (NIP).

“É uma lástima não poder mais jogar contra a OpTic”, afirmou Saadhak. “Vou sentir saudades de jogar contra esses caras. Eles são jogadores incríveis, e sempre foi muito difícil enfrentá-los”.

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Confira abaixo as equipes que competirão em 2023:

A Loud e outros times brasileiros estão no grupo das Américas. Isso significa que todos os times terão que disputar no mesmo local — mais precisamente em Los Angeles, nos Estados Unidos. Isso significa que a equipe inteira irá se mudar.

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Um colega jornalista fez uma pergunta interessante foi feita ao jogador Less, que tem apenas 17 anos: como ele pretende continuar os estudos agora, diante de uma mudança tão brusca? Para quem não sabe, o jovem precisou interromper os estudos no segundo ano do ensino médio, aos 16 anos, para integrar o time da Loud e participar da intensa agenda de treinos.

“Eu pretendo continuar jogando e, depois, fazer o supletivo para terminar os estudos. É algo importante para mim e para minha família. Eles me cobram muito também”, disse Less. “Antes de entrar para a Loud, conversei muito com meus pais sobre a escola. Era uma oportunidade única”, concluiu.

"Meu objetivo é criar uma dinastia"

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Vencer o VALORANT Champions não é o fim para a Loud, promete a equipe. O objetivo pelas próximas semanas é descansar — um descanso merecido, convenhamos — e recarregar as energias para o ano que vem. Novos combates, novas estratégias e novos desafios.

"Meu objetivo é criar uma dinastia, uma lenda Loud", disse Sacy sobre seu futuro pós-mundial. O jogador não mede palavras ao falar sobre seus objetivos no cenário. "Eu não quero ganhar só um Champions. Quero ganhar dois, três Champions".

Porém, como já dito em outras ocasiões, Sacy não quer que apenas a Loud seja campeã. Nas palavras dele, isso mostraria que apenas a Loud é um time forte, e que o Brasil é um país fraco como um todo no cenário competitivo. "Nossa região está chegando perto de se tornar uma potência. Acredito que seja só uma questão de tempo".