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Pais estão enviando seus filhos viciados em Fortnite para a reabilitação

Por| 29 de Novembro de 2018 às 17h53

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Epic Games
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Game mais jogado do mundo, para algumas pessoas Fortnite pode ser tão viciante quanto qualquer droga. E algumas pessoas estão recebendo tratamentos semelhantes aos de usuários de narcóticos.

De acordo com a Bloomberg, nos últimos meses houve um aumento de pais que levam seus filhos à terapia para tratar da obsessão que eles têm com o jogo, e alguns estão até mesmo sendo enviados para acampamentos especiais onde podem se “desintoxicar” da tecnologia e recuperar um estilo de vida mais balanceado.

De acordo com Michael Jacobus, que tem aconselhado crianças “viciadas” nos estados da Califórnia e da Carolina do Norte, de todas as crianças enviadas para a reabilitação eletrônica pelos mais diversos motivos, mais da metade das que ele atendeu estavam jogando Fortnite de maneira excessiva.

Esse não é o primeiro caso de “vício” em videogames, e provavelmente não será o último. Esse tipo de comportamento costuma ocorrer em qualquer jogo que se torna extremamente popular e, bem antes da existência de Fortnite, o responsável pelo “vício” (entre aspas porque, sem um diagnóstico médico adequado, não é possível saber se realmente se trata de um vício ou se é apenas algo que essas pessoas estão se dedicando para aperfeiçoar suas habilidades) era World of Warcraft, que durante um tempo recebeu o apelido de World of Warcrack devido à capacidade do jogo fazer seus jogadores gastarem horas com ele de forma completamente alheia ao que se passava no “mundo real”.

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Isso não quer dizer que não existam casos reais de vícios entre esses jogadores; afinal, a OMS classificou em junho deste ano o vício em videogames como um distúrbio real, e em um jogo tão popular quanto Fortnite é quase certeza que de existam jogadores realmente adictos. Mas, antes de diagnosticar seu filho como viciado, é necessário levá-lo a um especialista, que só assim será possível saber se as horas dedicadas ao jogo necessitam de tratamento ou se são apenas um forma de distração ou mesmo um tentativa de aperfeiçoar as habilidades no jogo.

E muita gente tem se interessado por melhorar suas habilidades em Fortnite: nos Estados Unidos, alguns pais estão até mesmo contratando jogadores profissionais para treinar seus filhos, de olho nas vantagens que uma carreira em e-sports pode oferecer. Por exemplo, a Universidade Ashland, em Ohio, já oferece bolsas de estudo para jogadores que apresentam um domínio fora de série em Fortnite, e com o crescimento constante dos e-sports se dedicar a um único videogame pode ser uma das trajetórias profissionais do futuro.

Fonte: Digital Trends