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IA pode criar um novo GTA? "A resposta é não", diz chefe da Take-Two

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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(Divulgação/Rockstar, Take-Two Interactive)
(Divulgação/Rockstar, Take-Two Interactive)
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Apesar de não se opor à inteligência artificial generativa, o CEO da Take-Two Interactive, Strauss Zelnick, afirmou que o impacto da tecnologia ainda é limitado e que ela é ideal para atividades que exigem computação de dados voltada para o passado. A declaração ocorreu em uma entrevista no Technology Executive Council Summit da CNBC na última terça-feira (28).

Para o CEO, uma das maiores preocupações referentes à IA em indústrias criativas é a propriedade intelectual, afirmando que criações geradas por inteligência artificial não são protegíveis. “Temos que proteger nossa propriedade intelectual, mas, mais do que isso, temos que estar atentos aos outros”, conta Zelnick.

Já falando sobre IA aplicada à produção de jogos, o chefão da Take-Two afirmou que a tecnologia não é capaz de criar um novo GTA do dia para a noite. “Digamos que não houvesse restrições [sobre a IA]. Poderíamos apertar um botão amanhã e criar um equivalente ao plano de marketing do ‘Grand Theft Auto’?” questiona. “A resposta é não. Primeiro, você ainda não pode fazer isso e, segundo, sou da opinião de que você não terminaria com nada muito bom. Você terminaria com algo bastante derivativo.”

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Zelnick argumenta que a tecnologia pode resolver problemas complexos, como a cura para uma doença, ou trabalhos mais simples, como resolver um dever de casa de biologia. Para o CEO, a coisa muda de figura ao criar universos de videogames multifacetados criados pela Take-Two. “Para o que fazemos na Take-Two — qualquer coisa que não esteja ligada a isso — ela será muito, muito ruim”, afirmou o executivo.

O objetivo da Take-Two é criar "franquias que sejam permanentes", conta o CEO da companhia. “A criatividade da equipe é extraordinária, e o que a [subsidiária da Take-Two] Rockstar Games tenta fazer, e até agora tem feito repetidamente, é criar algo que se aproxima da perfeição”. Zelnick conclui que "não há criatividade que possa existir por definição em qualquer modelo de IA, porque ela é orientada por dados".

IA nos videogames ainda gera polêmica

O uso de inteligência artificial na produção criativa segue sendo motivo de preocupação entre desenvolvedores e jogadores. Muitos acusam ferramentas de IA generativa, como Sora ou MidJourney, de plágio a partir do momento em que usam criações de artistas para gerar conteúdos.

Nos games, o atual produtor da franquia Silent Hill, Motoi Okamoto, revelou que obras como Silent Hill f "são difíceis de serem substituídas pela IA". Já a 11bit Studios se envolveu em polêmicas ao usar a tecnologia para localizar o jogo The Alters para português do Brasil, além de criar assets para cenários com inteligência artificial.

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Fonte: CNBC