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Funcionários da Rockstar confirmam que carga de trabalho é pesada, mas nem tanto

Por| 18 de Outubro de 2018 às 20h50

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Funcionários da Rockstar confirmam que carga de trabalho é pesada, mas nem tanto
Funcionários da Rockstar confirmam que carga de trabalho é pesada, mas nem tanto
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A Rockstar ainda está em fogo cruzado sob acusação da opinião pública por conta da prática do “crunch”, assim chamado o período em que funcionários fazem hora extra para finalizar um projeto. Agora, vários empregados foram liberados pela empresa para divulgarem suas experiências na produção de Red Dead Redemption 2, novo título da desenvolvedora.

Tal prática é uma resposta a casos de ex-funcionários que saíram ao mostrar que o ambiente de trabalho na empresa não era dos melhores. Um deles foi Job Stauffer, que trabalhou na Rockstar durante o desenvolvimento de Grand Theft Auto IV, o qual usou a metáfora de que o ambiente era “como se você tivesse trabalhando com uma arma na cabeça sete dias por semana”.

Em contrapartida, alguns funcionários atuais começaram a sair em defesa do local de trabalho. Um deles é Geoffrey Fermin, que acredita que o local melhorou muito de uns anos para cá. “Verdade seja dita, nós tivemos muito crescimento dentro da empresa em como nós lidamos com trabalho duro por longas horas. Felizmente, nós crescemos desde o começo e eu fico feliz em dizer que as coisas realmente melhoraram. Há todo um RH que realmente olha por nós agora”, disse em post no Twitter. Ele ainda afirma que teve problemas com a família duas vezes durante a produção de Red Dead Redemption 2 e que foi apoiado pela empresa para cuidar do assunto antes de voltar ao trabalho. Fermin é funcionário da Rockstar faz 9 anos.

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Outro desenvolvedor, sob o nome de PepsiPunk trabalha na Rockstar North, situada em Edimburgo no Reino Unido. Ele coloca que nunca teve de trabalhar mais de 100 horas semanais, nem mesmo foi forçado a isso pela empresa.

Mais um que também trabalha na mesma subsidiária da companhia é Tom Fautley. Ele disse que há sim momentos em que é preciso fazer o crunch, mas que isso nunca atinge 100 horas de trabalho semanais. No caso dele, de 5 anos de empresa, disse que geralmente os crunches variam entre 45 a 50 horas, sendo que o seu máximo foi de 79 horas de trabalho em uma semana. Contudo, ele pontua que há sim uma pressão para trabalhar mais, sobretudo quando um prazo está chegando. “Me é pedido, encorajado e esperando que trabalhe após o horário (tanto de noite, quanto finais de semana) quando uma entrega grande está chegando. [..] Eu realmente aprecio meu trabalho e estou feliz de estar trabalhando aqui. Meu acho que poderia ser melhor”, finaliza.

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Entenda o caso

No último dia 14, Dan Houser, cofundador da Rockstar, disse em entrevista para o Venture Beat que Red Dead Redemption 2 tem mais de 300 mil animações e 500 mil linhas de código, motivo que levava a equipe a se esforçar mais. Nisso ele citou que membros da equipe chegaram a enfrentar cargas de trabalho semanais de 100 horas.

A declaração pegou tão mal que Houser teve de se explicar, citando que não são todos os funcionários que têm tal carga de trabalho. As tais 100 horas semanais que citou se referem a ele mesmo, junto com três outros roteiristas sêniores do título (Mike Unsworth, Laslow Jones e Rupert Humphries).

A discussão já é antiga, já que a Rockstar já era acusada desde 2010 de ter longos períodos de crunch, como o citado na produção de GTA IV.

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Vale lembrar que o lançamento de Red Dead Redemption 2 está marcado para 26 de outubro no PS4 e Xbox One.

Fonte: The Verge