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FBI derruba sites de jogos piratas e gera polêmica entre jogadores

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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A principal agência de investigação federal dos Estados Unidos, o FBI, anunciou recentemente que apreendeu domínios de diversos sites que disponibilizavam cópias piratas de jogos semanas ou dias antes do lançamento oficial.

Entre os sites desmantelados pelo órgão estão o nsw2u.com, nswdl.com, game-2u.com, bigngame.com, ps4pkg.com, ps4pkg.net e mgnetu.com. Ao tentar acessar qualquer um deles, é exibido um banner do FBI informando que o site foi apreendido.

De acordo com a autoridade, os domínios hospedavam cópias piratas de jogos há pelo menos quatro anos. Além disso, entre 28 de fevereiro e 28 de maio de 2025, o FBI indicou que 3,2 milhões de downloads foram realizados, o que representaria um prejuízo de US$ 170 milhões, equivalente a cerca de R$ 1 bilhão.

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As medidas foram duramente criticadas por vários jogadores, que contestaram o valor da perda econômica indicada pela entidade, além de questionarem as prioridades do FBI. O material compartilhado pelo órgão no X (antigo Twitter) acabou rendendo uma nota da comunidade da rede social.

De acordo com a nota, "a alegação de uma 'perda' econômica de US$ 170 milhões é falsa. Dinheiro que não foi ganho não equivale a uma perda. Mesmo assim, a insinuação de que a maioria das pessoas que pirateiam comprariam o(s) produto(s) em vez disso é infundada, o que infla enormemente a estatística".

Pirataria nos videogames

A discussão sobre a pirataria no mundo dos games é ampla e antiga. Muitos jogadores argumentam que a prática ajuda na preservação e acessibilidade dos videogames, que estão ficando cada vez mais caros. Por outro lado, muitos criminosos utilizam de jogos piratas para instalar programas maliciosos, roubar informações ou mesmo para lucrar em cima das cópias ilegais.

Vale lembrar que a distribuição, reprodução e compra de conteúdo ilegal que viola direitos autorias é crime no Brasil e pode resultar em pena de três meses a um ano de prisão ou multa, apesar de ações contra pessoas que compram ou baixam conteúdo pirata serem extremamente raras.

A Nintendo é amplamente conhecida por sua postura severa contra a pirataria de seus jogos, produtos e uso indevido de suas propriedades intelectuais por terceiros. A companhia coleciona casos contra a prática há anos, e, mais recentemente, tem fechado o cerco contra a pirataria no Nintendo Switch 2.

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Um dos casos mais famosos dos últimos tempos envolvendo a Big N foi a descontinuação dos emuladores de Nintendo Switch Ryujinx e Yuzu no ano passado, sendo que os desenvolvedores do último foram processados em US$ 2,4 milhões.

Criador de Minecraft reforça apoio à pirataria nos jogos

Do outro lado da moeda, o criador de Minecraft, Markus Persson (também conhecido como Notch), voltou a apoiar a pirataria em meio ao movimento Stop Killing Games, que visa inibir estúdios de "matarem" jogos por meio da implementação de um sistema de taxas no Reino Unido e na União Europeia.

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Notch questionou o sistema de jogos digitais, já que os jogadores não adquirem o produto em si, mas apenas uma licença para usá-los, afirmando: “Se comprar um jogo não é uma aquisição, piratear ele não é roubo”.

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Fonte: FBI