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Como a Disney está voltando aos videogames e você (quase) nem percebeu

Por| Editado por Jones Oliveira | 23 de Junho de 2021 às 16h00

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Entre os anos 1990 e 2010, era comum ver muitas adaptações de jogos da Disney nos consoles. Aladdin do Super Nintendo, Hércules no Playstation, Os Incríveis de PlayStation 2, Epic Mickey do Nintendo Wii e tantos outros replicavam os momentos dos filmes e até histórias inéditas dos protagonistas.

Atualmente, esses jogos já não são mais tão comuns e abundantes. Porém, um movimento sutil na E3 2021 reforçou que a gigante do entretenimento quer muito voltar oferecer suas produções aos jogadores. Só na edição mais recente da maior feira de games do mundo foram três anúncios diferentes envolvendo franquias famosas.

Avatar: Frontiers of Pandora trará o sucesso de James Cameron pelas mãos da Ubisoft. Guardians of The Galaxy foi apresentado pela Square Enix - talvez para tentar resolver o fiasco de Marvel: Avengers -; e o DLC de Piratas do Caribe chegando a Sea of Thieves, exclusivo de PC e Xbox. Fora a chegada do upgrade de Star Wars Jedi: Fallen Order para PlayStation 5 e Xbox Series X|S.

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Em entrevista ao GamesIndustry, o vice-presidente sênior da Walt Disney Games, Sean Shoptaw, disse que a ideia nunca foi sair dos games, mas sim repensar novas estratégias: "Se pudéssemos fazer parcerias com as melhores pessoas do mundo, os melhores desenvolvedores, as melhores publicadoras, para criar experiências em todo o mundo e em todas as plataformas e elevar o padrão do que estamos fazendo do ponto de vista do produto... nós descobriríamos que isso pode ser muito interessante".

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Com a aquisição da Marvel, em 2010; da Lucasfilm, em 2012; e da 20th Century Fox, em 2019, a possibilidade de criar e explorar franquias populares nos games é ainda maior. Indo além dos leques de possibilidade dos filmes e séries.

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A divisão de games da Marvel opera sozinha, em especial com a Sony, que detém parte dos direitos do Homem-Aranha. Spider-Man (2018), Iron Man VR (2020) e Spider-Man: Miles Morales (2020) foram lançamentos de sucesso, muito bem-recebidos pelo público e pela crítica.

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No lado dos sucessos de Star Wars, os projetos são encabeçados pela EA, como é o caso de Battlefront 1 (2015) e Battlefront 2 (2017), Fallen Order (2019) e Squadrons (2020).

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Fora as aparições de personagens como o Mandaloriano e o Baby Yoda, de The Mandalorian; e Rey, Finn e Kylo Ren no evento especial de Star Wars: A Ascensão Skywalker em Fortnite, e outros inúmeros heróis da Marvel.

Também vale lembrar dos vários jogos Lego, que também adaptaram as histórias e os personagens para o famoso brinquedo de montar. Star Wars, Indiana Jones, Piratas do Caribe, Marvel Heroes e Os Incríveis são algumas franquias de sucesso que tiveram hits populares desde o PlayStation 2 até a geração do PlayStation 4 e Xbox One.

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Na mesma entrevista ao GamesIndsutry, Luigi Priore, vice-presidente da Disney & Pixar Games, trabalha em estreita colaboração com os estúdios para garantir a autenticidade e a qualidade. Priore já desempenha essa função há 25, desde o lançamento de Toy Story no Mega Drive e Super Nintendo.

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"Em vez de pensar sobre qual IP queremos usar, queremos que os melhores nos digam: que história você quer contar? É isso que estamos procurando", explicou o executivo. Ele ainda comenta que parcerias grandiosas como a de Piratas do Caribe e Sea of Thieves são a fusão entre "o maior jogo de piratas de todos os tempos, temos uma das maiores franquias de piratas de todos os tempos", indo além de uma simples skin ou simples itens cosméticos.

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Tanto Shoptaw quanto Priore acreditam que o futuro dos jogos da Disney não são simplesmente adicionar conteúdos e criar jogos iguais a outros sucessos, mas apenas com um visual diferente. O caso de Kingdom Hearts é um que traz personagens e universos da empresa de Walt Disney de uma forma diferente.

"Há grandes criadores lá fora, que sabem como fazer jogos que são o melhor lá, e alguns têm essa conexão com nossos personagens de uma forma interessante", diz o VP da Walt Disney Games.

Mesmo com tantos exemplos de jogos AAA, o VP da Disney & Pixar Games não descarta que estúdios independentes também criem adaptações e histórias das aventuras icônicas. "Há coisas que queremos fazer em gêneros diferentes e que proporcionam uma experiência diferente para o público. Então, sim, esses tipos de produtos estão em nosso roteiro. Não podemos mencionar o que estamos avançando agora. Mas estamos sendo seletivos e nem toda grande execução sai de um estúdio AAA", explica Priore, quando questionado sobre a possibilidade de jogos indies sobre produtos Disney.

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Volta no tempo

A nostalgia também é algo explorável pela marca. Animações clássicas como Aladdin e O Rei Leão podem oferecer jogos que serão aproveitados por quem curtiu as produções na infância e na adolescência e hoje tem os filhos para curtirem.

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O fator também pode ser potencializado pelo Disney+, que conta com várias produções dos anos 1950, 1960, 1970, 1980 e 1990, para que um novo público conheça as obras clássicas do estúdio, em um século dominado pelas produções dos serviços de streaming.

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"Da perspectiva dos jogos, estamos certamente empolgados com essa plataforma ser um lugar para mostrar novos IP que, esperançosamente, se transformarão em experiências no lado do jogo.", afirma Priore. O líder complementa dizendo que estão prestando atenção ao que acontece lá, como é o sucesso de The Mandalorian e outras tantas produções já anunciadas que chegarão ao serviço.

Fonte: GamesIndustry