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Brasil, o país dos jogos (eletrônicos)

Por| 24 de Janeiro de 2022 às 15h00

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Unsplash
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O país do futebol vem caindo cada vez mais nas graças dos jogos, só que os eletrônicos. Trocadilhos à parte, estrelas mundiais brasileiras do próprio mundo do futebol como Daniel Alves e Neymar, por exemplo, fazem lives jogando os seus games preferidos, gerando conteúdo e entretenimento para o público gamer e também, consequentemente, atraem seus fãs que, muitas vezes, não tinham identificação com jogos eletrônicos, mas, agora, viraram consumidores e usuários do universo gamer. Além de movimentar bilhões de receita para o país, viver de games também está virando o sonho dos jovens (e adultos) brasileiros, e os números podem provar.

Um levantamento do Instituto Data Favela, em parceria com a Locomotiva — Pesquisa e Estratégia e a Cufa (Central Única das Favelas), aponta que 96% dos jovens moradores de comunidades do Brasil gostariam de ser gamers profissionais. De acordo com o estudo, homens jovens com renda de até um salário mínimo foram os que mais demonstraram essa vontade, isso porque a carreira de gamer profissional aparece como uma oportunidade de transformação da realidade. Os jogos podem trazer uma ascensão rápida que pode chegar a permitir com que o gamer possa ajudar toda a sua família financeiramente. Entendeu a comparação com o futebol?

Analogias de lado, o Brasil é o principal mercado de games da América Latina e o 12° maior do mundo, com estimativa de gerar uma receita de US$ 2,3 bilhões (cerca de R$ 12 bilhões) em 2021, segundo dados da Newzoo — empresa que faz análises sobre games e levantamentos referentes ao setor.

O lazer também é (e muito) importante para a movimentação da economia no país. Para mostrar o impacto e preferência que os consumidores do país possuem pelos jogos, dados da própria Newzoo divulgados ano passado, no pico da pandemia, dá para ver como o brasileiro investe mais nos jogos. O Brasil estava na 13° posição e, em comparação com a Índia, que ocupava a 12ª posição no ranking, notava-se que a Índia possuía um faturamento de US$ 2,2 bilhões de dólares enquanto tinha 339 milhões de jogadores, já o Brasil apresentava US$ 2,18 bilhões com 89 milhões de jogadores – ou seja, cada gamer brasileiro gastava em média, quase 4x mais do que o consumidor indiano.

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As oportunidades do setor, conforme comentei em artigos passados, são gigantescas, mas pensando na história dos jogos no Brasil e em como ele se tornou um dos queridinhos do povo brasileiro, você sabe como tudo começou?

O início de um sonho

O primeiro jogo eletrônico brasileiro distribuído comercialmente foi lançado em 1983 por meio de uma das maiores revistas de informática brasileiras da época, a Micro Sistemas. O título do jogo era “Aeroporto 83”, programado em linguagem de máquina e com o formato de fita cassete, feito para ser compatível com o PC Sinclair ZX81 — lançado em 1981 e revolucionário, por ter sido o primeiro computador doméstico no mundo vendido por menos de US$ 100.

O personagem principal do jogo é um avião que deve pousar e para isso, ele precisa derrubar bombas para eliminar os obstáculos até chegar ao local de pouso. O avião se movimenta sozinho para a direita, e ao chegar no final da tela ele volta para o começo, porém em uma camada mais abaixo na tela, até chegar ao pouso. No jogo, os objetos e personagens eram todos representados por caracteres de texto; o jogador era representado por um “>” e as bombas representadas por “.”.

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Vale pontuar que Renato Degiovani, desenvolvedor responsável pelo Aeroporto 83 e considerado o primeiro projetista de jogos brasileiro, já estava desenvolvia o jogo Aventuras na Selva desde 1982. No entanto, ele foi lançado um mês após Aeroporto 83, também para computadores ZX81.

Deu tudo certo

De lá para os dias de hoje, muito se avançou no mercado de games no Brasil. Tanto no desenvolvimento de jogos nacionais que fizeram sucesso no exterior quanto em jogos de fora vindo para o país, para PCs, videogames ou mobile.

O setor já é consolidado no Brasil. Mesmo antes da pandemia, o consumo por jogos eletrônicos continuava a subir e a tendência, como disse em outros textos, é continuar, especialmente no nosso país. A Intel tem a visão de longo prazo de levar jogos e experiências de criação de conteúdo de alto nível para jogadores do mundo todo, entregando para os gamers inovação e variedade em hardware juntamente com ferramentas de software abertas e acessíveis. É preciso que os jogos sejam cada vez mais acessíveis para todos.

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Os games têm esse poder de engajar no mundo virtual e criar experiências na vida real, tanto ao jogar como assistindo os seus streamers de jogos favoritos ou seu futebolista preferido jogando em live, o mundo gamer nos traz a possibilidade de sonhar, gera oportunidades de emprego na área, deixar a mente mais ágil e, até mesmo, nos permite ir para outra realidade por alguns minutos. Voltando às analogias, podemos afirmar que a invenção dos jogos eletrônicos foi um golaço.