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Golpe da Starlink: sites falsos enganam consumidores no Brasil

Por| Editado por Léo Müller | 30 de Maio de 2024 às 09h35

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Starlink
Starlink
Elon Musk

Entre as 491 reclamações feitas contra a Starlink — a internet via satélite de Elon Musk — nos últimos seis meses no ReclameAqui, 44% envolveram sites fraudulentos, revela o site Teletime. Há diversos relatos de compras à vista utilizando o PIX, método não aceito pelo site oficial da Starlink, com sites que simulam todos os elementos visuais do portal oficial da empresa.

Criminosos utilizam anúncios impulsionados em plataformas como o Facebook e Instagram para capturar suas vítimas com ofertas falsas de antenas Starlink com preços mais atrativos do que o valor oficial ou em supostas promoções limitadas.

Sites fraudulentos listados em pesquisas do Google também passam despercebidos pela gigante das buscas graças às verificações de baixa eficiência contra golpes.

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Também existem vítimas que caem em golpes através do WhatsApp com criminosos que se passam por vendedores da Starlink ofertando antenas a preços menores. Após a confirmação do pagamento através de transferência via PIX, as vítimas eram bloqueadas.

Respondendo às reclamações no ReclameAqui, a conta oficial da Starlink utiliza a mesma resposta padrão para os tickets envolvendo anúncios e sites falsos: "Esse pedido foi feito em site de terceiros, e não no site oficial da Starlink. Observe que a Starlink não se responsabiliza por compras feitas em sites de terceiros. Lamentamos qualquer inconveniente que isso possa ter causado."

Em entrevista ao Teletime, Jalil Fraxe, diretor-presidente do Procon Amazonas, comenta: "O grande problema está realmente naqueles que desejam contratar o serviço via Internet e procuram sites alternativos, buscando sempre a vantagem do preço. Por isso é importante a gente saber quanto custa determinado produto ou serviço, para que a gente não se seduza por preços abaixo do mercado e, consequentemente, venha cair em um golpe".

Os tickets abertos no ReclameAqui chegam de quase todo o Brasil, com maior número de vítimas nos estados de São Paulo (59), Minas Gerais (35), Rio de Janeiro (29), Rio Grande do Sul (18) e Paraná (14).

Fraxe cita que as redes sociais possuem responsabilidade legal pelos anúncios vinculados nas plataformas, uma vez que elas permitem a distribuição destes golpes.

Ele também comenta que o consumidor pode buscar o poder Judiciário e pedir indenização por dano moral e/ou dano material para a própria rede social. "Vai ter consumidor que vai conseguir, mas vai ter consumidor que não vai conseguir, porque a gente sabe que não há uma padronização nas decisões judiciais.”

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A Starlink registrou 155 mil acessos em todo o Brasil em março de 2024, com o Amazonas liderando o número de clientes: 18.778 usuários, segundo a Anatel.

São Paulo figura em segundo lugar com 18.526, enquanto Minas Gerais fica logo abaixo com 17.641 clientes da plataforma de internet via satélite.

A empresa de Elon Musk será investigada por monopólio no Brasil e usuários do plano de Reaming Global serão contemplados com um aumento de 100% no valor de assinatura, passando a custar US$ 400 (quase R$ 2.100) ao mês.

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A Starlink para residências está disponível no Brasil custando R$ 2.000 pelo equipamento e R$ 184 (mais impostos) pela mensalidade de dados ilimitados.

Fonte: Teletime