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Evolução das máquinas: Alexa será capaz de opinar e expressar seus gostos

Por| 15 de Janeiro de 2018 às 15h16

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A gradativa evolução da Alexa é uma constante na linha de dispositivos Echo e Fire TV da Amazon. No fim do ano passado, já havíamos noticiado aqui no Canaltech que a assistente inteligente estava começando a entender as emoções humanas, apenas analisando o tom de voz de seus usuários. A expectativa é que a experiência seja cada vez mais aprimorada, e espera-se até que a smart speaker possa, futuramente, agir como uma espécie de conselheira médica, indicando profissionais adequados para as necessidades de seus consumidores.

Enquanto isto não ocorre, em um caminho progressivamente traçado para distinguir o alto-falante inteligente de seus adversários de mercado, a Amazon planeja implementar recomendações e opiniões próprias na programação da Alexa. Em ambientes domésticos equipados com dispositivos de entretenimento, a assistente oferecerá aos usuários mais do que apenas informações sobre o que está em alta ou recomendações baseadas nos gostos dos consumidores. Alexa poderá oferecer também indicações pessoais de programação.

De acordo com o vice-presidente da Fire TV, Marc Whitten, durante a CES 2018, a ideia é que conversar com um assistente seja algo além de simples consultas por meio de voz, já que ter uma opinião torna tudo mais interessante. A interação com Alexa, portanto, deve se tornar quase como uma conversa e para isso, o alto-falante inteligente precisa se sentir menos como um mecanismo de busca por voz e mais como alguém com quem o usuário pode sentar e bater um papo.

A equipe da Fire TV já notou algumas diferenças na postura dos consumidores em dois casos distintos. No primeiro deles, quando os usuários falam por meio de um controle remoto de voz pressionando um botão, é quase como se estivessem digitando algo em um caixa de pesquisas – algo mais mecânico e sem emoções. Em compensação, quando conversam livremente com Alexa, começam a fazer perguntas mais complexas. “Me mostre comédias entre os anos 88 e 92”, exemplificou Whitten.

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Uma interação mais orgânica

De maneira natural, as pessoas farão uma variedade de perguntas para Alexa, em especial sobre o que está passando de mais interessante na programação ou recomendações diretas sobre o que assistir. O esperado é que a assistente, nestes casos, responda usando dados internos de popularidade, ou que ela faça uma pesquisa abrangente dos gostos de seu usuário, para assim conseguir responder algo apropriado.

No entanto, a diferença é que o smart speaker fale algo baseado em suas próprias opiniões – como quando alguém pergunta a um amigo o que ele deveria assistir e recebesse sugestões variadas, baseadas em gostos pessoais, e não exatamente em atrações que estão em alta. Neste caso, a assistente seria programada para ter um papel parecido com o do amigo. “Este é o poder da aprendizagem de máquinas. Uma das coisas mais interessantes que estamos fazendo é como projetar um assistente que o faça se sentir como se estivesse conversando com alguém”, diz Whitten.

O “machine learning”, ou aprendizagem das máquinas, é um componente fundamental do processo de como Alexa irá eventualmente, oferecer mais do que o que está dentro do esperado. Na Amazon, um time especifico está até mesmo aprimorando a capacidade da assistente de responder às questões, integrando informações mais verídicas à base de dados do alto-falante inteligente – ao passo que observam cuidadosamente também os dados que podem ser complementados, baseando-se no que o speaker não conseguiria responder.

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E embora fatos e informações verdadeiras sejam importantes, o charme de Alexa possivelmente será a capacidade de se passar por uma assistente amigável, com uma personalidade única. Um bom exemplo disso é que o alto-falante inteligente será capaz de cantar uma música brega se você pedir para que ela demonstre sua habilidade vocal, ou ainda fazer trocadilhos baratos como dizer que a cor favorita dela é o infravermelho.

Esse tipo de comportamento é algo que pode ser explicitamente incorporado à programação da Alexa e pode acontecer antes do que se imagina, muito embora o objetivo é que, a longo prazo, o alto-falante apresente respostas próprias e opiniões únicas. Até o momento, ela já consegue dizer qual é a sua cerveja favorita, por exemplo. E aos poucos, este tipo de individualização em assistentes inteligentes deve ser ainda mais refinado.

Fonte: Tech Crunch