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Análise | Novos Astro A40 + Mixamp inovam pouco e mantêm bom padrão da linha

Por| 17 de Junho de 2019 às 19h35

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Wagner Wakka/Canaltech
Wagner Wakka/Canaltech

Em agosto do ano passado, o Canaltech soltou aqui uma review do Astro A40 com o Mixamp Pro. Agora, a Logitech trouxe para o Brasil também uma versão mais premium do conjunto. Estamos falando do Astro A40 TR com o Mixamp Pro TR a nova geração de seus fones e acessórios.

O propósito desta análise, portanto, vai ser averiguar o novo modelo de ambos aparelhos comparando com a sua versão mais antiga. Dessa forma, vamos seguir a mesma sequência da review do A40 Pro.

Antes de mais nada, é importante lembrar que há modelos para PC, PlayStation 4 e Xbox One. Testamos a versão que funciona nos dois primeiros, mas vale lembrar que para o console da Microsoft, há um modelo específico.

Headset

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O A40 Pro TR chega com uma estrutura exatamente igual à de seu antecessor. Isso significa que mantém as características de resistência e de personalização. Inclusive, caso você tenha um microfone, espuma ou placa externa da versão anterior, é possível também trocar e usar nesta nova.

As mudanças aqui são poucas e em detalhes. A haste entre fones e arco da cabeça chega com detalhe metálico em cinza, dando um ar mais estiloso para o produto. Contudo, não se iluda: ambos modelos contam com esta peça em metal, independente da cor.

Ele conta com esses mesmos detalhes também na placa lateral, com as bordas prateadas, dando um acabamento bem mais interessante que a versão toda em preto.

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De resto, as duas versões chegam com as mesmas peças. Isso é: espuma interna acolchoada com bom vedamento de ruído externo, maleabilidade para girar o headset em seu eixo por cerca de 100º e sistema de cabeamento independente do suporte.

Assim, você pode contar com a mesma durabilidade e personalização da versão mais simples.

A semelhança também vale para o som. Ele carrega a potência dos mesmos Dolby Surround 7.1 com ambientação 3D junto com o Mixamp Pro. Em testes, o Canaltech não sentiu diferença entre a reprodução dos aparelhos, oferecendo a mesma experiência em ambos. Ou seja, aqui também há aprovação do 3D sonoro para jogos.

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No ouvido, ele mantém a pressão de 2,6N com os mesmos 369 gramas de massa, o que em bom português quer dizer que não ocasiona dores de cabeça ao usuário.

Microfone

O sistema de gravação de ambos os aparelhos também se mantém o mesmo. A única diferença está na cor dos detalhes da peça. Assim, a versão TR (mais recente) chega com itens em prateado na lateral, sendo que a anterior conta com detalhes em cinza escuro metálico.

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Neste headset, temos um microfone em shotgun, também chamado de BOOM. Isso significa que ele é unidirecional, sendo que capta o áudio somente na direção da boca, ideal para quem não tem um ambiente muito silencioso para gravar. vale lembrar que isso exige que o dispositivo esteja sempre perto e direcionado para a boca para mais qualidade sonora.

Ele conta com pouca resistência, com impedância de 48 ohms. Junto disso, também não conta com gravação em estéreo, o que não é exigido para este tipo de modelo de microfone. O encaixe do componente no fone é em P2 (3,5 mm) em áudio mono, sendo que a saída do headset também segue o mesmo padrão.

O modelo entrega a mesma qualidade de áudio do aparelho anterior, sendo indicado para lives e games, até mesmo se você não estiver em um ambiente silencioso para isso.

Mixamp Pro RT

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Esta é a principal diferença entre estes dois produtos e, mesmo assim, a mudança não é tanta assim. Antes de mais nada, vale explicar o que é o Mixamp Pro.

Ele entra aqui como um DAC, isto é, um conversor de áudio analógico para digital com um pré-amplificador para "empurrar" o som. É ele que vai transformar o som do headset em dados digitais e fazer a comunicação com seu computador ou console com a melhor qualidade possível.

O principal objetivo do Mixamp Pro é cumprido, aqui: como uma plataforma gamer, ele consegue separar muito bem o som do jogo da fala de quem está jogando com você.

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Ele foi criado especialmente para campeonatos e funciona tão bem que, por um período, chegou a ser proibido nas competições, mas voltou a ser utilizado após pedido da comunidade. O modelo ainda conta com entradas especiais que se conectam ao Mixamp, sendo que uma mesma equipe pode se comunicar entre si sem dependender de internet. Ou seja, muito mais rápido e seguro.

Estrutura

Vamos falar de diferenças entre os Mixamps Pro. A versão mais recente chega com formato retangular na horizontal e botões maiores também. O modelo é alimentado com um cabo USB, que entrega o som ao PC ou PS4 com mais qualidade e menos latência que a opção P2 (3,5mm).

O aparelho também conta com entrada óptica como a que o PS4 já utiliza nas versões padrão e Pro (o Slim não conta com a tecnologia). Isso oferece uma qualidade de áudio superior à da conexão USB tradicional.

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Vale lembrar que o pacote conta com um conjunto de cabos USB, óptico e de fone bem generosos.

Design

A principal mudança está no desenho. O novo Mixamp Pro conta com botões maiores, tanto para volume quanto para a mixagem. Por meio do botão menor, o jogador decide se quer ouvir mais o som da partida ou das pessoas que estão falando no chat de voz, fazendo uma espécie de balanço entre os canais.

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Diferente da versão anterior, agora há um switch na parte de trás que indica ao jogador se ele está usando o aparelho no PS4 ou PC, otimizando as configurações.

A mudança é bem-vinda, uma vez que esta opção na versão antiga era semelhante ao botão de liga/desliga, o que por vezes acabava por confundir o usuário.

Ele conta com quatro configurações pré-ajustadas que podem ser modificadas com um software da Astro, também.

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Resultado

O novo modelo traz pouca inovação para justificar uma nova linha. As mudanças são basicamente estéticas. Em relação ao headset A40 TR, há variação somente de detalhes em prateado, sendo que nenhuma diferença significativa nas configurações pôde ser percebida em testes do Canaltech.

Em relação ao Mixamp Pro, a mudança de switch é bem vinda, sendo que os botões maiores também colaboram com a usabilidade. Transformar o aparelho em um item retangular na horizontal também ajuda a trazer um ar mais bem acabado para a peça.

Contudo, mesmo com o Mixamp não é visível nenhuma sofsticação para além do que já oferecia seu modelo anterior.

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Em suma, a nova versão não oferece nenhuma experiência a mais do que seus equivalentes anteriores. A escolha aqui é meramente de visual. Assim, se você gostar de detalhes mais voltados ao prateado da opção de PS4, pode se interessar na versão mais moderna.

Contudo, vale lembrar que o conjunto Astro A40 + Mixamp chegou ao mercado brasileiro por R$ 999. A nova versão tem preço sugerido de R$ 1.299. Cabe a você pensar se estas pequenas mudanças justificam os R$ 300 a mais.