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NSA pede que EUA pare programa de espionagem denunciado por Edward Snowden

Por| 26 de Abril de 2019 às 11h43

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A Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) recomendou à Casa Branca a paralisação completa do programa de espionagem originalmente denunciado pelo então contratado terceirizado do órgão de defesa, Edward Snowden. Segundo informações do Wall Street Journal, toda a aparelhagem de coleta global de dados tornou-se “um obstáculo logístico e legal”.

O programa em questão já havia sido temporariamente suspenso no início deste ano pela própria NSA. Entretanto, a decisão sobre a sua paralisação efetiva recai sob a sanção do Departamento de Defesa e do Presidente dos Estados Unidos (hoje, Donald Trump; à época dos escândalos revelados por Snowden, Barack Obama).

A NSA argumenta que a aprovação da legislação conhecida como Freedom Act em 2015 complicou os serviços, haja vista que a lei em questão faz com que companhias de telecomunicação retenham registros telefônicos de usuários. Segundo fontes ouvidas pelo WSJ, os problemas enfrentados pela agência dentro do controverso programa, que consiste na coleta massiva de dados relacionados a ligações e mensagens de texto de cidadãos americanos, “superam seus benefícios de inteligência”.

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A recomendação indica uma mudança drástica de discurso para a NSA: à época das revelações feitas por Edward Snowden, a agência limitava-se a dizer que o programa, ainda que controverso, era necessário para assegurar a segurança nacional e proteger os Estados Unidos de ações terroristas. Entretanto, fontes do periódico norte-americano asseguram que, mesmo naquela época, havia um certo ceticismo dentro da própria agência quanto ao programa.

Grupos ativistas não acreditaram na recomendação da NSA, com alguns dizendo que isso seria “algo nem perto do ideal” e outros pedindo que o Congresso americano “reforme totalmente essas autoridades a fim de prevenir a coleta em larga escala de informações e tratamentos injustos para jornalistas, minorias e comunidades vulneráveis”.

Segundo informações do WSJ, o programa tem um prazo de validade para dezembro deste ano. Após isso, o Congresso deverá votar pela sua extensão ou fechamento. O programa já foi renovado uma vez, no ano passado.

Fonte: Mashable