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Fundador do WikiLeaks, Julian Assange retorna à Austrália em liberdade

Por| 26 de Junho de 2024 às 10h11

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Reprodução/X/WikiLeaks
Reprodução/X/WikiLeaks
Julian Assange

Julian Assange está, enfim, livre: aos 52 anos e depois de mais de cinco anos preso, o fundador do WikiLeaks retornou ao seu país natal, a Austrália, nesta quarta-feira (26). Após selar acordo com a Justiça dos Estados Unidos para se declarar culpado por espionagem, ele desembarcou na capital Camberra por volta das 19h (horário local) a bordo de um jato particular e foi recebido por sua esposa, Stella Assange, seu pai, John Shipton, e outros apoiadores. 

A libertação do fundador do WikiLeaks encerra uma disputa de 14 anos tribunais. Vale lembrar que o jornalista estava privado de sua liberdade desde 2012, quando se abrigou na embaixada do Equador em Londres para evitar a extradição para a Suécia, onde era investigado por agressão sexual — o que ele nega. O temor do jornalista era de que sua detenção o levaria em último caso a ser preso nos EUA, onde havia um pedido de extradição em seu nome.

Assange foi preso em 11 de abril de 2019 pela polícia britânica dentro da embaixada equatoriana. Desde então, ele permaneceu preso no Reino Unido até a última segunda.

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O acordo

Assange deixou uma prisão de segurança máxima no Reino Unido na segunda (24) rumo à ilha Saipan, localizada no Pacífico, especificamente nas Ilhas Marianas do Norte, que pertencem aos Estados Unidos. O acordo entre Assange e a Justiça dos EUA foi reconhecido em uma audiência com duração aproximada de 3 horas e envolveu uma sentença de prisão de 62 meses, tempo de pena já cumprido pelo criador do WikiLeaks.

A negociação entre defesa e procuradoria foi aceita pela juíza Ramona Villagomez Manglona, que considerou "justo" e "razoável" que os cinco anos e dois meses durante os quais Assange esteve preso em solo britânico sejam aceitos como cumprimento da pena. Com isso, o jornalista australiano está legalmente livre.

Espionagem

Assange foi condenado por violar a Lei de Espionagem dos Estados Unidos, acusação da qual ele se considerou culpado. Entretanto, em sua fala no tribunal, o jornalista disse acreditar que as divulgações de conteúdo classificado (secreto) por parte de sua organização estavam amparadas pela 1ª Emenda da Constituição dos EUA, que garante as liberdades de imprensa e de expressão.