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Apple apresenta recurso que protege donos do iPhone de espionagem

Por| Editado por Claudio Yuge | 08 de Julho de 2022 às 22h30

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Imagem: Onur Binay/Unsplash
Imagem: Onur Binay/Unsplash
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A Apple apresentou nesta semana uma ferramenta que combate diretamente as operações de espionagem governamental e corporativa em seus dispositivos. O recurso Lockdown, que será liberado para iPhones, iPads e Macs, restringe o acesso do sistema operacional a recursos e limita as operações que podem ser realizadas, reduzindo assim a superfície disponível para roubo de dados e outras atividades maliciosas.

Com o modo Lockdown ativo, por exemplo, arquivos anexos e prévias de links deixam de ser baixados e exibidos em mensagens, enquanto tecnologias como JavaScript deixam de funcionar no acesso a site. A ligação de um aparelho ao computador por cabo fica desativada enquanto o dispositivo estiver bloqueado, enquanto chamadas recebidas no FaceTime também ficam suspensas a não ser que um contato anterior já tenha sido realizado. Quem usar o recurso também não poderá instalar perfis de configuração ou registrar o aparelho em sistemas corporativos de gerenciamento.

Todas são vias conhecidas de comprometimento, principalmente, do iPhone. As artimanhas são usadas, principalmente, por sistemas comerciais de espionagem como o Pegasus, amplamente utilizado por estados-nação. O recurso é voltado a ativistas, jornalistas, figuras públicas, políticos e qualquer outro indivíduo visado, mas estará disponível a todos os usuários do iOS, iPadOS e macOS nos próximos meses.

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Por outro lado, outros recursos que podem ser usados em ataques permanecem no ar, uma vez que a limitação deles poderia impedir o uso do aparelho como um todo. É o caso, por exemplo, da conexão automática a redes celulares ou Wi-Fis conhecidos, assim como a transmissão de informações como IMEI e ICCID, que podem servir como identificadores em tarefas de rastreamento. Segundo a Apple, tais elementos seguem com as medidas de segurança usuais que são aplicadas a todos os usuários.

A simplicidade da ferramenta foi elogiada por partidários da privacidade, principalmente, por deixar claro quais recursos serão desabilitados e poder ser ligada ou desativada ao toque de um botão. Além disso, a Apple recebeu elogios por não hesitar em bloquear funcionalidades e restringir a utilização em prol da segurança, um mal necessário para aqueles que quiserem se manter mais protegidos.

De acordo com a Apple, a atual implementação do modo Lockdown é somente o começo, com mais recursos de segurança e proteção sendo adicionados ao longo do tempo. Isso vale, principalmente, nos casos em que novas capacidades de exploração são introduzidas aos softwares de espionagem.

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Recorde de pagamentos em bug bounty

Ao lançar o recurso, a Maçã também adicionou novas recompensas a seu programa de caça aos bugs, inclusive, afirmando ter os maiores pagamentos de toda a indústria. Até US$ 2 milhões podem ser recebidos por pesquisadores em segurança que encontrarem falhas na proteção do modo Lockdown que possam, por exemplo, invalidar o escudo.

De acordo com a empresa, os valores usuais para a localização de brechas no sistema operacional, por exemplo, serão dobrados caso as vulnerabilidades se apliquem também ao recurso. Além disso, a Apple também disse estar aberta a sugestões de funcionalidades que ampliem ainda mais as defesas, também oferecendo pagamentos e créditos aos desenvolvedores responsáveis.

Ainda, a companhia disse que investirá US$ 10 milhões em organizações que trabalham em prol da denúncia e análise de ciberataques avançados realizados por estados-nação, bem como na exposição de empresas que desenvolvam ferramentas de espionagem. Esse valor, também, poderá ser ampliado de acordo com o resultado do processo movido pela Apple contra o Grupo NSO, o desenvolvedor do Pegasus.

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Fonte: Apple