Veja como galáxias espirais evoluem com muitas colisões e fusões
Por Danielle Cassita | Editado por Patricia Gnipper | 17 de Novembro de 2021 às 18h40
Para entender como as galáxias evoluem até se tornarem espirais estreladas, como aquelas que vemos nas imagens de telescópios — e compreender também as estrelas de brilho fraco e os gases ao redor de galáxias parecidas com a Via Láctea —, uma equipe de pesquisadores trabalhou com simulações computacionais. Eles criaram versões de uma galáxia semelhante à nossa, que resultaram em informações do passado da galáxia simulada.
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As simulações foram feitas com o supercomputador Pleiades, presente nas instalações do Ames Research Center, junto de dados obtidos pelo telescópio espacial Hubble. Eles conseguiram simular uma galáxia parecida com a Via Láctea passando pelas etapas iniciais de colisão com outra galáxia menor, tudo com altíssima resolução e aspecto realista. Como resultado, eles chegaram a um “registro fóssil” de informações relacionadas ao passado da galáxia simulada.
Quando os astrônomos observam o halo de estrelas e nuvens brilhantes de poeira interestelar ao redor de uma galáxia, o que veem é, na verdade, o que sobrou de galáxias vizinhas que foram rasgadas após passar por colisões do tipo. Esses impactos cósmicos acabam lançando várias estrelas para fora, que viajam em órbitas amplas até pararem em alguma galáxia mais distante. Como resultado, as simulações mostraram que o halo de estrelas de uma única galáxia (parecida com a Via Láctea) vem das estrelas formadas em cerca de 100 outras galáxias, que se fundiram ou que sofreram acreção na outra.
A maior parte das galáxias que contribuiu para a formação dessas estrelas é mais de 100 vezes menos massiva que aquela em uma versão simulada da Via Láctea. Além disso, os pesquisadores descobriram também que essas estrelas “de fora” podem formar fluxos que podem existir durante bilhões de anos e cercam galáxias maiores. Os dados dessas simulações são importantes para os cientistas realizaram previsões de como detectar e determinar o passado de fluxo estelares para entenderem melhor as galáxias que os formaram — e, entre esses fluxos, está também aquele presente ao redor da Via Láctea.