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Universidade inicia testes com rede gigante para capturar detritos espaciais

Por| 20 de Setembro de 2018 às 11h21

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Um grupo de pesquisadores da Universidade de Surrey realizou no último domingo (16) o primeiro teste bem-sucedido envolvendo um processo notavelmente simples para capturar detritos espaciais. Trata-se de uma rede gigantesca projetada para envolver restos de foguetes, satélites fora de uso e demais estruturas abandonadas que atualmente se mantêm em órbita da Terra.

Enviada ao espaço a bordo de um Falco 9 no último mês de abril, a engenhoca consiste do satélite batizado de RemoveDEBRIS, responsável por disparar a rede. Para o teste, os pesquisadores lançaram ao espaço um pequeno satélite dotado de um balão inflado, a fim de simular as dimensões típicas de detritos encontrados em órbita; a estrutura, então, foi capturada pelo RemoveDEBRIS poucos segundos após a liberação.

Além da rede, o satélite também é dotado de pelo menos outras duas estruturas que também devem ser colocadas em testes durante as próximas semanas. Há um arpão, que deve ser utilizado para puxar objetos na direção do RemoveDEBRIS; também há uma “vela de arrasto”, cujo propósito é conduzir as peças capturadas de volta à Terra para que elas se desintegrem em contato com a atmosfera terrestre.

Simples e barato

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De acordo com o Departamento de Defesa dos EUA, há atualmente mais de 8 mil objetos sem uso abandonados em órbita da Terra, boa parte se deslocando a velocidades superiores a 27 mil quilômetros por hora. Diante do risco de colisões com espaçonaves e satélites atualmente em uso, diversos pesquisadores têm oferecido soluções que envolvem lasers e até eletroímãs para remover esses detritos.

No caso do RemoveDEBRIS, entretanto, a aposta é que a simplicidade e o baixo custo implicado na utilização sejam decisivos para que o método possa ser efetivamente utilizado em um futuro próximo. “Nos parece que tecnologias como o arpão e a rede são relativamente baratas”, apontou o diretor do Survey Space Centre, Guglielmo Aglietti, em entrevista ao site The Verge. “Se nós pudermos demonstrar tecnologias que sejam acessíveis, há uma probabilidade muito maior de que sejam postas em prática.”

Além da rede, da “vela de arrasto” e do arpão, o RemoveDEBRIS também é dotado de um conjunto de câmeras especiais e de sensores baseados na tecnologia LIDAR (uma tecnologia óptica de detecção remota), os quais tanto podem ajudar na navegação quanto na identificação de detritos. “Nós acreditamos que esse é um ponto crucial para provar que a remoção de detritos espaciais é viável”, disse Anglietti.

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Fonte: The Verge