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Trump diz que base espacial de Alcântara é ideal para lançamento de foguetes

Por| 20 de Março de 2019 às 10h49

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Palácio do Planalto
Palácio do Planalto

Conforme adiantado na semana passada, finalmente o Brasil e os Estados Unidos assinaram acordo que permitirá às empresas americanas de foguetes operarem a partir do Brasil. O ato foi realizado nesta terça-feira (19), em Washington, durante visita do presidente Jair Bolsonaro ao presidente norte-americano Donald Trump. Segundo o Departamento de Estado dos EUA, as operações na base de Alcântara, no Maranhão, poderão gerar uma economia de US$ 260 bilhões (R$ 982 bilhões, na cotação atual) em um ano, tempo de duração do acordo. O corte de gastos se dá porque o local fica mais próximo da linha do Equador e isso faz com que os foguetes utilizem menos combustível para decolagens e saída da atmosfera.

"Após 20 anos de negociações, estamos finalizando um acordo tecnológico para permitir que as empresas norte-americanas realizem lançamentos espaciais do Brasil", disse o presidente Donald Trump, na numa entrevista coletiva com o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. "Por causa da localização, quantias tremendas de dinheiro seriam economizadas", complementou.

A base de Alcantara atraiu o interesse recente de empresas espaciais americanas. A CNBC informou que, em dezembro de 2017, representantes de cinco empresas de foguetes visitaram a base, incluindo Boeing, Lockheed Martin, SpaceX, Vector e Microcosm. Enquanto a SpaceX não compartilhava um interesse contínuo no launchpad brasileiro e a Microcosm não pôde ser encontrada para comentar, as outras três empresas ainda estavam considerando a opção Alcântara.

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Um lançamento de uma latitude muito mais ao norte - como o Kennedy Space Center, da NASA, na Flórida, ou a Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia - exige que os foguetes mudem de direção para que os satélites possam chegar ao equador. Os mesmos satélites lançados a partir de Alcântara economizariam de 20% a 30% em combustível, estimam analistas.

A reabertura da base no Maranhão permitirá que as empresas dos EUA fiquem com mais condições de competir com as companhias europeias. Os trabalhos, em um primeiro momento, serão de reconstrução, já que o local ainda não está pronto para lançamentos de foguetes. A base tem sido pouco utilizada desde agosto de 2003, quando um foguete com dois satélites a bordo explodiu na plataforma de lançamento, matando 21 pessoas e danificando a infraestrutura.

Fonte: CNBC