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Telescópio TESS encerra sua missão primária encontrando 66 novos exoplanetas

Por| 12 de Agosto de 2020 às 08h30

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No dia 4 de julho, o telescópio Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), da NASA, encerrou sua missão primária. Iniciada em 2018, cujo objetivo era registrar 75% das estrelas do céu ao longo de dois anos. Durante a missão, o TESS encontrou 66 novos exoplanetas e mais 2.100 possíveis candidatos à classificação, que ainda estão sendo analisados. Agora, o telescópio inicia sua missão estendida.

O TESS monitora áreas - que recebem o nome "setores" - do céu utilizando quatro câmeras, apontando-as a uma mesma direção por cerca de um mês. O primeiro ano da missão foi dedicado a observar 13 setores do céu do hemisfério sul, e o panorama produzido permitiu identificar 29 exoplanetas e mais mil candidatos à classificação. No ano seguinte, o telescópio voltou suas lentes ao céu do hemisfério norte. Patricia Boyd, cientista de projeto do TESS no Goddard Space Flight Center, ressalta a qualidade dos dados obtidos pela missão: “o TESS está produzindo uma enxurrada de observações em alta qualidade, que nos fornecem dados valiosos para diversos tópicos na ciência”. Para ela, o telescópio espacial é um sucesso, e deverá continuar sendo em sua missão estendida.

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Esta nova etapa terá algumas novidades. Agora, as câmeras registram uma imagem completa a cada 10 minutos, mais rápido do que ocorria na missão primária. Além disso, o novo modo rápido do TESS analisa o brilho de milhares de estrelas a cada 20 segundos junto do método anterior, que coletava esses dados de milhares de estrelas a cada 2 minutos. Essas inovações permitirão que o TESS se adapte melhor às mudanças de brilho causadas por oscilações estelares, além de registrar estrelas ativas com mais detalhes.

As mudanças serão aplicadas e utilizadas ao longo da missão estendida, que deverá ser finalizada em setembro de 2022. Dessa forma, depois de seguir um ano registrando o céu do hemisfério sul, o TESS passará mais 15 meses observando o céu do hemisfério norte e áreas que ainda não foram registradas.

Fonte: NASA