Veja o céu do hemisfério sul nesta bela imagem divulgada pela NASA
Por Daniele Cavalcante |
O telescópio espacial Transess Exoplanet Survey Satellite (TESS), da NASA, registrou imagens que permitiram a criação de um mosaico do mar de estrelas da Via Láctea, mais precisamente no céu do hemisfério sul, a partir de 208 imagens capturadas pelos seus sensores. O panorama foi criado durante o primeiro ano de operações científicas da missão e revela detalhes incríveis da paisagem cósmica.
Ethan Kruse, cientista da NASA que montou o mosaico, explicou que "a análise dos dados do TESS se concentra em estrelas e planetas individuais, uma de cada vez”, mas o pesquisador queria uma visão mais panorâmica, e então decidiu criar um jeito de “destacar tudo de uma só vez, enfatizando realmente a vista espetacular que o TESS nos dá de todo o céu".
Para criar esse panorama, o TESS dividiu o sul celeste em 13 setores e fotografou cada um deles por quase um mês usando quatro câmeras, cada uma delas com 16 dispositivos de carga acoplada (CCD, da sigla em inglês, um sensor semicondutor para captação de imagens). As câmeras do telescópio capturaram um setor completo do céu a cada 30 minutos, que é sua tarefa básica na busca por exoplanetas.
Durante o primeiro ano de operações do satélite, cada um de seus CCDs capturou 15.347 imagens científicas de 30 minutos. No total, o TESS enviou à Terra 20 terabytes de dados do sul celeste. De acordo com a NASA, isso é equivalente à transmissão de quase 6.000 filmes de alta definição!
Veja no vídeo abaixo as belas imagens e a criação do panorama:
Assim, com a ajuda desse mosaico, o TESS descobriu 29 exoplanetas - mundos além do nosso Sistema Solar - e mais de 1.000 candidatos a exoplanetas que os astrônomos estão investigando. Além dessas descobertas, o TESS captou imagens de um cometa em nosso Sistema Solar, acompanhou o progresso de inúmeras supernovas e até registrou o brilho de uma estrela engolida por um buraco negro supermassivo.
Depois de concluir sua pesquisa no sul celeste, o TESS se virou para iniciar um novo estudo no hemisfério norte do céu com a mesma estratégia, o que deve durar mais um ano.
Fonte: NASA