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Telescópio James Webb encontra par de estrelas emitindo anéis de poeira

Por| Editado por Patricia Gnipper | 12 de Outubro de 2022 às 15h15

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NASA/ESA/CSA/STScI/JPL-Caltech
NASA/ESA/CSA/STScI/JPL-Caltech

Uma nova imagem do telescópio espacial James Webb revela mais de 15 anéis de poeira concêntricos vindos de um par de estrelas conhecido como Wolf-Rayet 140. Cada anel foi formado quando as estrelas se aproximaram, de modo que seus ventos estelares se encontraram e comprimiram o gás delas, formando a poeira.

Os anéis foram revelados com a ajuda do instrumento o Mid-Infrared Instrument (MIRI), que equipa o telescópio. Ele foi projetado para detectar comprimentos de onda mais longos da luz infravermelha e, assim, consegue “enxergar” objetos mais frios, como estes anéis. Desta forma, o MIRi revelou também que eles são formados pelo material ejetado destas estrelas do tipo Wolf-Rayet.

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Estas estrelas nascem com pelo menos 25 vezes a massa do Sol e, ao chegarem ao fim de suas vidas, devem explodir em supernovas e colapsar em buracos negros. Durante a “juventude”, elas conseguem gerar fortes ventos estelares, que empurram grandes quantidades de gás ao espaço.

Como perdem muita massa, as estrelas de Wolf-Rayet também ejetam elementos mais complexos, encontrados no interior da estrela (como o carbono). Os elementos pesados do vento se resfriam conforme viajam pelo espaço e, depois, são comprimidos quando os ventos de duas delas se encontram.

As estrelas deste par, especificamente, podem ter perdido mais de metade de sua massa neste processo. Além disso, os cientistas acreditam que os ventos “varreram” os arredores das estrelas, levando materiais residuais com os quais estas emissões poderiam colidir. É possível que existam ainda mais anéis do que os da foto, só que eles podem estar tão claros que nem mesmo o Webb consegue "vê-los".

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O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Nature Astronomy.

Fonte: Nature Astronomy; Via: ESA, NASA