Telescópio Hubble observa um dos maiores e mais completos anéis de Einstein
Por Danielle Cassita |
Recentemente, astrônomos observaram o anel de Einstein de GAL-CLUS-022058-38303, localizado no sudeste da constelação de Fornax, a Fornalha. As observações foram feitas com o telescópio espacial Hubble, gerenciado pela NASA e pela Agência Espacial Europeia (ESA). Como uma referência ao nome da constelação, a formação recebeu o apelido de “Anel Derretido”, e se trata de um dos maiores e mais completos anéis de Einstein já descobertos no universo.
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O objeto espetacular tem 20 segundos de arco, o que é um diâmetro surpreendente, e é o resultado de uma lente gravitacional ocorrendo em uma galáxia elíptica a 4 bilhões de anos-luz de distância de nós. No anel, podemos ver duas galáxias extremamente distantes, que talvez estejam interagindo e, assim, formam arcos duplos com diferentes cores.
Esses anéis gravitacionais foram teorizados primeiramente por Albert Einstein na Teoria da Relatividade Geral. Isso porque ele previu que a luz sofre uma “distorção” quando passa perto de objetos massivos, como aglomerados de galáxia, em função da ação da gravidade do objeto entre a origem e o observador. Esse fenômeno é uma excelente ajuda para os astrônomos, que podem utilizá-lo para identificar objetos distantes e de brilho fraco que dificilmente seriam visíveis.
Assim, de acordo com os cientistas, a luz da galáxia ao fundo foi distorcida pela gravidade do aglomerado de galáxias à frente, e resultou na forma curvada que pode ser vista na imagem. “O alinhamento quase exato da galáxia de fundo com o aglomerado de galáxias no meio da imagem distorceu e ‘aumentou’ a imagem da galáxia de fundo em um anel quase perfeito", explicam. Além disso, é esperado que a gravidade de outras galáxias que compõem o aglomerado causem distorções semelhantes em breve.
Fonte: Hubble Space Telescope