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Telescópio espacial Hubble encontra "galáxia perdida" na Constelação de Virgem

Por| 27 de Janeiro de 2021 às 17h20

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ESA/Hubble & NASA, J. Lee and the PHANGS-HST Team
ESA/Hubble & NASA, J. Lee and the PHANGS-HST Team

Em 1950, o astrônomo amador Leland S. Copeland observou uma galáxia que apelidou de “Galáxia Perdida”. Agora, o objeto foi estudado pelos astrônomos trabalhando no estudo Physics at High Angular resolution in Nearby GalaxieS (PHANGS); a primeira leva de dados do estudo, liberada para acesso público em 11 de janeiro, inclui uma incrível e detalhada imagem do objeto.

Na verdade, a formação foi observada pela primeira vez pelo astrônomo William Herschel em dezembro de 1785. Entretanto, quando é vista por meio de telescópios menores, a galáxia parece ser envolvida por uma espécie de névoa fantasmagórica, o que inspirou o nome poético escolhido por Copeland. Assim, o estudo revelou suas estrelas através de imagens do telescópio espacial Hubble e do radiotelescópio ALMA, no Chile. 

Confira a imagem: 

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Já sabemos que a galáxia NGC 4535 é uma das maiores que compõe o Aglomerado de Virgem, composto por mais de 2 mil delas que, por sua vez, fica no centro do Superaglomerado de Virgem, que é ainda maior. Trata-se de uma galáxia espiral com estrelas em seu centro, que se agrupam em uma espécie de barra alongada que atravessa a região — e, aliás, essa estrutura também está presente no centro da Via Láctea. 

A imagem mostra que a “névoa” observada por Copeland é, na verdade, um vasto mar de estrelas que nos indica algumas informações sobre sua história: as mais amarelas, frias e próximas do coração da galáxia sugere estrelas mais antigas, enquanto as estrelas azuladas, quentes e possivelmente mais jovens se dispersam pelos braços dela. Hoje, a Galáxia Perdida pode ser facilmente encontrada pelos telescópios espaciais que temos, e seus braços em espiral a tornam uma excelente candidata para estudos futuros. As informações sobre a NGC 4535 representam parte dos resultados obtidos pelo estudo PHANGS, que vem buscando revelar as relações entre nuvens de gás frio, formação das estrelas e a forma geral das galáxias.

Fonte: NASA, Sci-news, Forbes