Starlink: satélite da SpaceX vira bola de fogo enquanto atravessa atmosfera
Por Danielle Cassita • Editado por Luciana Zaramela |
Uma bola de fogo brilhou no céu de partes dos Estados Unidos no domingo (10) por volta das 1h no horário de Brasília. O fenômeno foi flagrado por mais de 30 testemunhas e parece ter sido causado por um satélite Starlink reentrando na atmosfera.
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A Sociedade Americana do Meteoro, organização científica sem fins lucrativos que estuda estes fenômenos, relata ter recebido 36 relatos de observadores nos estados do Colorado, Kansas, Texas e Oklahoma.
Algumas testemunhas se mostraram bastante surpresas com a bola de fogo no céu. “É a coisa mais incrível que vi nos últimos tempos”, comentou um usuário de Canton, cidade do Texas. De acordo com alguns relatos, a bola de fogo pareceu se romper em fragmentos menores no céu.
Na astronomia, o nome “meteoro” é usado para descrever o que ocorre quando alguma rocha espacial atravessa a atmosfera a alta velocidade. O atrito com os gases atmosféricos faz com que o objeto queime, criando um meteoro — ou uma “estrela cadente”, como é popularmente chamado.
Mas, para o astrônomo e rastreador Jonathan McDowell, do Centro de Astrofísica Harvard–Smithsonian, este não parece ter sido um meteoro causado por uma rocha espacial, e sim um satélite Starlink. O dispositivo foi lançado em 2022 junto de outros 53, que integram a megaconstelação de satélites de internet da SpaceX.
Segundo ele, a espaçonave em questão era o satélite Starlink-4682, que parece ter realizado sua reentrada atmosférica na região de onde vieram os relatos da bola de fogo. Um usuário perguntou no X/Twitter se ocorrem reentradas dos Starlink quase todos os dias, e se elas causam alguma contaminação na camada de ozônio. A resposta de McDowell? “Sim” e “sim” para ambas as perguntas.
De fato, astrônomos e cientistas vêm alertando que os efeitos causados pela reentrada dos satélites na atmosfera ainda não são bem conhecidos. Já se sabe que eles liberam óxido de alumínio, composto que pode afetar a camada de ozônio e suas propriedades protetoras.
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Fonte: AMS