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SpaceX quer adquirir empresa que opera minissatélites de Internet das Coisas

Por| Editado por Patricia Gnipper | 09 de Agosto de 2021 às 18h40

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A SpaceX concordou em desenvolver a subsidiária Swarm Holdco, em parceria com a Swarm Technologies, empresa que já opera uma pequena constelação de minissatélites de internet, com foco na Internet das Coisas (IoT). O acordo, assinado em 16 de julho deste ano, não foi divulgado na época, mas veio à tona agora com os relatórios da Federal Communications Commission (FCC), publicados no último dia 6 de agosto, sugerindo que as negociações entre as duas empresas estão em andamento há meses.

De acordo com os relatórios da FCC, a Swarm buscou aprovação para transferir suas licenças existentes de satélites e estação terrestre para a SpaceX. A subsidiária em questão, chamada Swarm Holdco, foi incorporado em 5 de maio deste ano. A Swarm tem uma constelação de 120 pequenos satélites em operação, que são responsáveis por fornecer comunicações bidirecionais com baixas taxas de dados para setores como agricultura, energia e transporte. No documento, a empresa argumenta que pode fornecer os serviços por uma fração do custo dos modelos convencionais do mercado — ou seja, com a aquisição, a SpaceX pode se dar bem em outra fatia do mercado de fornecimento de internet, em paralelo com seu projeto Starlink.

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Ainda no processo da FCC, as duas empresas alegam que a aquisição dará à Swarm os recursos para competir com várias outras empresas que operam satélites semelhantes. “Os serviços da Swarm se beneficiarão da melhor capitalização e acesso aos recursos disponíveis para a SpaceX, bem como das sinergias associadas à aquisição por um provedor de serviços de design, fabricação e lançamento de satélites”, afirmam. No início de 2019, a Swarm abriu uma rodada de financiamentos e levantou cerca de US $ 25 milhões — montante suficiente para implantar a constelação e iniciar os serviços.

No entanto, os benefícios práticos para a SpaceX, ao adquirir a Swarm, ainda não são claros. Os satélites de ambas as empresas operam, por exemplo, em frequências diferentes. Além disso, a receita que a Swarm eventualmente fornecerá será minúscula em comparação ao que a SpaceX já obtém pelas assinaturas beta de sua rede Starlink — sem contar, é claro, com seus serviços de transporte espacial. Na verdade, o documento da FCC indica a SpaceX se beneficiará com o acesso à propriedade e experiência desenvolvida pela equipe Swarm, “bem como com a adição desta equipe engenhosa e eficaz à SpaceX”, acrescentam.

Em março deste ano, Sara Spangelo, co-fundadora e chefe-executiva da Swarm, participou de um webinar conduzido pelo Keck Institute for Space Studies, da Caltech. Na ocasião, Spangelo foi questionada sobre onde ela imagina sua empresa daqui a 10 anos. “Acho que teremos lançado pelo menos uma, senão duas, constelações diferentes”, respondeu, revelando as aspirações da Swarm em atender as futuras demandas que surgirem.

Fonte: SpaceNews