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SpaceX lança mais satélites Starlink e quebra recorde com foguete Falcon 9

Por| Editado por Patricia Gnipper | 10 de Maio de 2021 às 12h34

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Reprodução/@johnkrausphotos/Twitter
Reprodução/@johnkrausphotos/Twitter
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Neste domingo (9), a SpaceX lançou mais 60 satélites Starlink para a órbita, alcançando um total de 180 unidades lançadas em menos de duas semanas. O lançamento também marcou um novo recorde no histórico do foguete Falcon 9, cujo propulsor realizou seu 10º voo — essa foi a primeira vez que um propulsor de um foguete de classe orbital conseguiu realizar 10 missões, de modo que a SpaceX atingiu uma marca histórica em relação aos seus foguetes reutilizáveis.

O lançamento ocorreu às 3h42 no horário de Brasília, em Cabo Canaveral. Após deixar a plataforma, o foguete realizou uma manobra para ficar na direção e orientação necessárias para alcançar a órbita de 53º. Alguns minutos após o lançamento, o primeiro estágio do veículo reativou seu motor central e os dois externos para pousar na embarcação Just Read the Instructions, no Oceano Atlântico.

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Agora, o estágio recuperado irá passar por algumas manutenções e inspeções antes de retornar para a frota. Este foi o 83º pouso de um propulsor dos foguetes Falcon 9 e o 10º deste booster em particular, que marca um novo recorde em seu histórico e a possibilidade de voar novamente — Elon Musk, CEO da SpaceX, já afirmou que “é possível que um propulsor dos foguetes Falcon 9 voe mais de 100 vezes”, contanto que passe por manutenções e substituições de componentes. Essas 100 vezes envolvem 10 ciclos de 10 usos, cada — ou seja, este booster da vez agora passará por uma recuperação completa, sendo "renovado" para iniciar um novo ciclo de 10 reutilizações.

Enquanto retornava para pousar, o segundo estágio do foguete avançava para levar o conjunto de 60 satélites para a órbita estacionária inicial, e a alcançaram pouco mais de 8 minutos após o lançamento. Assim, os satélites foram liberados do segundo estágio e iniciaram as manobras para alcançar a órbita operacional, de 550 km — a empresa planeja preencher o primeiro grupo de satélites em uma órbita circular de 550 km com mais de 1.500 unidades operacionais, que vão funcionar em 72 planos orbitais.

O propulsor utilizado neste lançamento somava nove missões em seu histórico desde sua estreia, que foi feita com o lançamento da cápsula Crew Dragon ainda sem tripulação. Desde então, o foguete realizou o lançamento de satélites de outras provedoras e, claro, dos Starlink. Com essa missão, o primeiro conjunto de satélites já soma cerca de 1.456 unidades em operação, sendo que aproximadamente 882 deles já estão nas órbitas finais.

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Com isso, a SpaceX se aproxima dos últimos lançamentos Starlink antes de todas as unidades deste grupo inicial estarem no local definitivo. Além disso, a empresa de Elon Musk também vem mostrando, na prática, a eficiência da reutilização de propulsores com o cronograma agressivo de lançamento dos satélites, que vem utilizando boosters que já voaram em missões anteriores.

Como a SpaceX é a fornecedora e cliente dos satélites Starlink, que vão oferecer internet de alta velocidade para todo o mundo quando a constelação estiver completa, é essencial que se alcance a maior economia possível nos lançamentos. É por isso que a empresa vem direcionando tantos esforços para reutilizar seus propulsores — a SpaceX ainda fabrica propulsores novos, mas, neste ano, não houve nenhum lançamento com um booster que ainda não tivesse sido utilizado.

Fonte: TechCrunch, NASASpaceFlight