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Sonda ao redor da Lua devolve resposta a sinal a laser emitido da Terra; entenda

Por| 11 de Agosto de 2020 às 21h00

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Nos últimos anos, cientistas da NASA vêm lançando raios laser a um pequeno refletor, do tamanho de um livro, que fica na sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO). Hoje, junto de colegas franceses, eles anunciaram que, pela primeira vez, conseguiram receber um sinal de volta. Esse é um resultado bastante encorajador para mais experimentos utilizando raios laser para estudos da física do universo. Os resultados do experimento foram publicados na revista Earth, Planets and Space.

O refletor foi posicionado na LRO de forma estratégica, para ser uma espécie de alvo de teste do poder refletor dos painéis deixados na Lua há 50 anos, que estão retornando um sinal fraco, o que dificulta seu uso prático para a ciência. Atualmente, existem cinco painéis refletores na Lua, que foram deixados lá em diferentes missões Apollo. Eles são formados por refletores que contêm pequenos espelhos, e são considerados o último experimento funcional da era Apollo. Alguns especialistas suspeitam que a poeira se acumulou nos refletores e está bloqueando o alcance da luz neles, o que os tornaria menos eficientes.

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Mas o refletor da LRO é um alvo difícil de alcançar, ainda que seu grande diferencial tenha sido a tecnologia avançada que foi desenvolvida na Université Côte d’Azur para uma estação em Grasse. Trata-se de um laser que emite um pulso de luz infravermelha em direção ao à LRO. Assim, é possível penetrar a atmosfera da Terra com mais eficiência do que em outros métodos.

Mesmo assim, o telescópio da estação Grasse teve um retorno de apenas 200 fótons das dezenas de milhares que foram emitidos. Pode parecer pouco, mas essa quantidade pode também ser o suficiente para trazer alguma luz sobre a questão da poeira lunar na superfície dos refletores. Além disso, um raio laser que tem um retorno de sucesso indica o potencial dos lasers infravermelhos para monitorar a órbita da Terra e da Lua. “Agora que coletamos dados ao longo de 50 anos, podemos enxergar tendências que não veríamos de outra forma”, diz Erwan Mazarico, cientista planetário do Goddard Space Flight Center, da NASA.

Então, se os cientistas continuarem utilizando os painéis no futuro, será necessário descobrir o motivo pelo qual alguns deles retornam apenas uma pequena parte do sinal esperado. Enquanto não conseguem uma resposta definitiva, os lasers continuam sendo utilizados para estudos, como o monitoramento da órbita da Lua e da Terra, e possíveis novas descobertas.

Fonte: NASA