SLIM | Lander do Japão adormece na Lua, mas pode acordar em breve
Por Danielle Cassita • Editado por Luciana Zaramela |
O lander SLIM, do Japão, adormeceu na Lua outra vez. Segundo informações da agência espacial japonesa JAXA, a espaçonave pode retomar suas atividades — contanto que sobreviva às duas semanas da fria noite em nosso satélite natural.
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"Depois de completar a operação de 30/01 (a) 31/01, o #SLIM entrou em um período de dormência de duas semanas durante a longa noite lunar", escreveram oficiais da JAXA no X, o antigo Twitter.
Na publicação, eles ressaltaram que o SLIM não foi projetado para resistir às condições da noite lunar, marcada por 14 dias de escuridão e temperaturas de -180 ºC; nas regiões em sombras permanentes, a temperatura cai para -240 ºC durante as noites.
Se o SLIM resistir a estas condições, a JAXA vai tentar operá-lo novamente por volta da metade de fevereiro, que é quando o Sol volta a iluminar seus painéis.
Felizmente, a agência espacial destacou também que o SLIM “completou com sucesso as observações conforme planejado originalmente”, estudando mais áreas do que o esperado. O lander já enviou algumas fotos da superfície da Lua — algumas, inclusive, mostraram uma área exposta do manto lunar.
Missão do lander SLIM
O SLIM (sigla de Smart Lander for Investigating Moon) é um lander não tripulado que pousou na Lua em 20 de fevereiro. Entretanto, nem tudo aconteceu conforme o esperado: um dos motores da espaçonave sofreu uma falha durante a descida, fazendo com que pousasse de cabeça para baixo.
Os painéis solares do SLIM deveriam ter ficado apontados para o oeste, mas com a falha, ficaram para cima. Como resultado, a JAXA colocou o SLIM no modo de hibernação, e ele retomou as atividades por dois dias após receber a luz solar.
De qualquer forma, a precisão do pouso do lander representa um grande sucesso e incluiu o Japão na lista de países que conseguiram descer suas espaçonaves à Lua. Até então, somente a União Soviética, os Estados Unidos, a China e a Índia haviam conseguido o feito.
Fonte: Phys.org