Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Satélites queimados podem afetar campo magnético da Terra

Por| Editado por Luciana Zaramela | 18 de Abril de 2024 às 10h32

Link copiado!

Tempus/Envato
Tempus/Envato

Será que satélites e outros pedaços de lixo espacial causam algum efeito conforme são queimados na atmosfera da Terra? Para o pesquisador Sierra Solter, especialista em física do plasma, a resposta é sim. Em um novo estudo, ele argumenta que a queima destes objetos metálicos é capaz de alterar o campo magnético da Terra.

O autor destaca que o espaço tem diferentes sistemas, e um deles é a magnetosfera. Trata-se de uma bolha que nos protege da radiação cósmica e espacial, evitando também que a atmosfera sofra desgaste pelas partículas do vento solar. Portanto, a magnetosfera tem papel essencial na habitabilidade do nosso planeta. 

Enquanto a SpaceX e outras empresas lançam seus satélites, milhares de dispositivos do tipo reentram na atmosfera e são queimados. Segundo o autor, o processo altera o plasma ao redor do nosso planeta.

Continua após a publicidade

Apesar de as companhias afirmarem que a reentrada dos seus respectivos satélites é inofensiva, Solter observa que talvez não seja o caso. Ele destaca que a queima na atmosfera libera cinzas metálicas — em um ano, a quantidade de partículas equivale a uma Torre Eiffel.

Estas cinzas têm grande quantidade de alumínio na composição, e podem afetar a camada de ozônio. "Se todos esses materiais condutores se acumularem em uma enorme camada de lixo, isso poderá prender ou desviar todo ou parte do nosso campo magnético", argumentou Solter. “A Terra é um ímã esférico que estamos cercando com lixo metálico em movimento rápido”, acrescentou.

“Após estudar o problema por mais de um ano, não tenho dúvidas de que a vastidão desta poluição vai perturbar nosso delicado ambiente de plasma de um jeito ou de outro”, observou. Segundo ele, "até que essa poluição seja estudada mais a fundo, todos nós devemos reconsiderar a internet via satélite”.

Continua após a publicidade

O artigo com os resultados do estudo foi publicado no repositório arXiv e aguarda revisão.

Fonte: The Guardian, arXiv