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Satélite do Japão fica a apenas 50 m de foguete descartado e tira fotos

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Astroscale
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A japonesa Astroscale publicou nesta terça (30) as novas fotos do estágio de um foguete descartado na órbita da Terra, feitas por sua missão de inspeção orbital ADRAS-J. O satélite ficou a apenas 50 m do veículo de 11 metros de comprimento, capturando novas imagens que mostram que sua estrutura está em bom estado. Isso o torna um bom candidato para a tentativa de remoção de lixo orbital que a empresa vai tentar conduzir nos próximos anos.

Na verdade, a ADRAS-J (sigla de Active Debris Removal by Astroscale-Japan) está acompanhando o estágio desde fevereiro, e já publicou fotos dele em abril. Agora, as novas imagens mostram o estágio visto de diferentes ângulos, iluminado pela luz do Sol em diversas intensidades. 

Estas fotos foram capturadas entre os dias 15 e 16 de julho, quando a ADRAS-J realizou um voo observação do estágio. Em algumas, o estágio aparece praticamente apontado para os instrumentos do satélite; em outros foi registrado em ângulos mais afastados. “A Astroscale conseguiu um marco técnico sem precedentes para uma empresa comercial”, comemorou a empresa em um comunicado.

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Além de render fotos incríveis, o voo ao redor do foguete permitiu também a coleta de dados que revelaram o movimento, danos e degradação do objeto. Informações como estas são escassas mundialmente, e quando uma empresa contratar um serviço do tipo, recebe também tecnologias para aplicações variadas — incluindo a remoção de lixo espacial.

A empresa já realizou uma demonstração do seu sistema criado para se aproximar e capturar lixo espacial. Em abril, a agência espacial japonesa JAXA selecionou a Astroscale para uma missão sucessora da ELSA-d (End-of-Life Services by Astroscale demonstration), que vai contar com uma tentativa de remoção do estágio de foguete com um braço robótico. 

Assim, as fotos vão ajudar a companhia a se preparar para capturar e remover o objeto. “O desenvolvimento da espaçonave ADRAS-J2 está em andamento, e o legado da espaçonave ADRAS-J e as operações, juntamente com os dados coletados, serão utilizados para a fase de remoção do programa”, escreveu a Astroscale em um comunicado.

Segundo a Agência Espacial Europeia, existem pelo menos 40 mil objetos com mais de 10 cm de comprimento na órbita da Terra, acompanhados de milhões de fragmentos menores. Apesar de serem pequenos, estes objetos viajam a velocidades tão altas que se tornam perigosos para satélites e até para a Estação Espacial Internacional.

Fonte: JAXA