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Rússia e China querem instalar usina nuclear na Lua até 2035

Por| Editado por Luciana Zaramela | 05 de Março de 2024 às 18h02

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ESA/Silicon Worlds/Daniele Gasparri
ESA/Silicon Worlds/Daniele Gasparri

Em palestra ministrada a estudantes na última terça-feira (5), o diretor da agência espacial russa Roscosmos, Yuri Borisov, afirmou ter planos conjuntos com a China para instalar uma usina nuclear na Lua entre 2033 e 2035.

Segundo ele, o esforço vai facilitar a construção de assentamentos lunares, já que isso não seria possível apenas com a energia gerada por painéis solares instalados em nosso satélite natural. As informações são da agência de notícias Reuters.

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Ex-ministro da defesa da Rússia, Borisov ainda comentou que o programa lunar sino-russo tem se beneficiado com a experiência de seu país na energia nuclear espacial. Os russos usam energia radioativa em submarinos nucleares e em faróis remotos, o que também é feito pelos americanos, que já usaram, segundo a NASA, plutônio-238 em inúmeras missões espaciais.

Energia nuclear no espaço

Se aprofundando no tema, o diretor da Roscosmos disse considerar o esforço um “desafio sério”, que deveria ser feito de maneira automatizada por robôs e rovers, sem a presença humana. Dando uma data, Borisov considerou que o reator deverá chegar à superfície lunar em algum momento da virada entre 2033 e 2035.

A Rússia também possui planos de construir um ônibus espacial de carga propelido por energia nuclear, cujas necessidades técnicas já foram resolvidas, segundo Borisov — menos a questão do resfriamento do reator nuclear, que ainda desafia os cientistas do país.

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Por fim, o diretor russo negou planos da Rússia de colocar armas nucleares no espaço como acusado pelas autoridades dos Estados Unidos. De acordo com a Bloomberg, Borisov afirmou que o espaço seguirá livre de qualquer arma nuclear.

Recentemente, planos russos de retornar à Lua com uma espaçonave do país foram frustrados pela perda de controle e acidente da sonda Luna-25, cuja missão foi a primeira da Rússia em 47 anos. Missões sino-russas e até mesmo uma base lunar conjunta entre os países são consideradas, bem como missões solo da Rússia. Do lado chinês, há planos para o primeiro astronauta chinês chegar à Lua antes de 2030.

Fonte: Reuters, Tass, Bloomberg