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Reino Unido enviará satélites de comunicação à Lua para ajudar futuras missões

Por| 07 de Fevereiro de 2020 às 21h50

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SSTL
SSTL

Na órbita de Marte, há satélites que ajudam na comunicação entre as sondas que estão na superfície do Planeta Vermelho e as agências espaciais aqui na Terra, como a NASA e a ESA. Agora, uma empresa britânica está se preparando para fazer fornecer o mesmo tipo de tecnologia na Lua e já recebeu tem o aval para produzir o equipamento.

Essa empresa é a Surrey Satellite Technology, ou simplesmente SSTL, sediada no Reino Unido e especializada em construir e operar pequenos satélites. A plataforma lunar, que deve estar pronta para lançamento no final de 2022, poderá ser usada por missões lunares de agências governamentais e empresas privadas para retransmitir dados e telemetria da Lua para a Terra.

Em outras palavras, uma sonda enviada à Lua para realizar pesquisas por lá poderá usar o satélite da SSTL para transmitir dados ao controle da missão. A SSTL está financiando a construção do satélite e inicialmente venderá seus serviços através de um contrato comercial com a Agência Espacial Européia.

Batizado de “Lunar Pathfinder”, a plataforma deve ter pouco menos de 300 kg no lançamento. Seus equipamentos de rádio funcionarão nas frequências da banda S e UHF para se comunicar com naves espaciais próximas e na banda X para fazer a conexão de mão dupla com a Terra.

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De acordo com os planos da SSTL, o satélite ficará em uma órbita altamente elíptica para que ele possa ter longos períodos de visibilidade sobre a região sul da Lua, que é o alvo das próximas missões, como o Programa Artemis, da NASA. Além disso, a órbita também deve favorecer a comunicação com o lado afastado da Lua, que está além do alcance da transmissão direta via rádio com a Terra.

Isso facilitará as missões lunares para as empresas menores. Normalmente, uma sonda terrestre deve viajar com seu próprio satélite orbitador para estabelecer a comunicação com a Terra. Com o novo satélite da SSTL, projetos menores e de baixo custo poderão ser lançados sem a necessidade de seu próprio sistema de retransmissão.

Além disso, todas as missões devem se beneficiar do aumento nas taxas de dados provenientes de uma plataforma de telecomunicações local e dedicada na órbita lunar. Sue Horne, chefe de exploração espacial da Agência Espacial do Reino Unido (UKSA) espera que o país lidere as comunicações no espaço profundo, com os projetos Goonhilly, Lunar Pathfinder e a estação lunar internacional Gateway.

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Outro projeto da SSTL é um estudo sobre como uma constelação de espaçonaves poderia ser colocada ao redor da Lua para fornecer telecomunicações e serviços de navegação por satélite para o mercado lunar. Assim, o Lunar Pathfinder será uma prova da tecnologia, mas também “testará a viabilidade de um mercado comercial de serviços de telecomunicações na Lua”, explicou o gerente de negócios de exploração da SSTL. “Quando a futura constelação for lançada, o Pathfinder se tornará um nó nessa rede”.

Fonte: BBC