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Que susto! Tripulação da Crew-2 foi alertada sobre colisão, mas foi alarme falso

Por| Editado por Luciana Zaramela | 26 de Abril de 2021 às 22h20

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Reprodução/NASA
Reprodução/NASA
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Na última sexta-feira (23), a missão Crew-2 foi lançada com destino à Estação Espacial Internacional (ISS). Os astronautas viajaram a bordo da nave Crew Dragon, da SpaceX, e chegaram ao laboratório orbital em segurança. Contudo, a tripulação mal havia alcançado a órbita depois do lançamento e eis que receberam uma ordem para vestir novamente os trajes espaciais, devido a uma possível colisão com um objeto — mas, felizmente, o “susto” foi um alarme falso.

Essa missão foi a terceira proporcionada pela parceria firmada entre a NASA e a SpaceX. O lançamento foi feito com um foguete Falcon 9 e, cerca de oito horas após o veículo deixar a plataforma, os astronautas Shane Kimbrough e Megan McArthur, da NASA, Akihiko Hoshide, da Agência Espacial Japonesa (JAXA) e Thomas Pesquet, da Agência Espacial Europeia (ESA) se preparavam para dormir. Contudo, Sarah Gilles, engenheira líder de operações espaciais na SpaceX, os interrompeu e pediu que vestissem novamente os trajes espaciais e voltassem para os assentos, porque a equipe havia identificado um possível objeto próximo, que poderia colidir com a espaçonave.

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A Tenente Coronel Erin Dick, representante do Comando Espacial dos Estados Unidos, esclareceu nesta segunda-feira (26) que o que aconteceu ali foi que eles consideraram haver um objeto se aproximando da cápsula: “entretanto, percebemos rapidamente que foi um erro de informação", explicou ela em um e-mail, ressaltando também que nunca houve ameaça de colisão “porque não havia objetos que oferecessem este risco”. Dick não deu outros detalhes, mas comentou que outras informações devem ser publicadas ainda nesta semana após investigarem o ocorrido.

Geralmente, os astronautas são alertados sobre riscos do tipo com antecedência para conseguirem desviar o veículo se for necessário. Embora o alerta tenha vindo repentinamente poucas horas após o lançamento, junto da ordem de vestir novamente os trajes espaciais, retornar aos assentos e abaixar as viseiras dos capacetes, vale lembrar que eles estão preparados para este tipo de situação, e treinaram os procedimentos de segurança várias vezes antes do voo. “Claro, ficamos sempre felizes em ouvir que não havia ameaça, mas também estamos satisfeitos por saber que os procedimentos foram feitos e que a tripulação estaria pronta se a ameaça fosse real”, comentou Kelly Humphries, representante da NASA. Resolvido o incidente, a viagem seguiu normalmente e os astronautas chegaram à ISS sem outras surpresas.

De forma rotineira, o 18º Esquadrão de Controle Espacial rastreia mais de 30 mil objetos em órbita, sendo que a maior parte deles é de restos de foguetes e satélites que já não estão mais em operação. Estes detritos são de tamanhos variados e alguns não têm mais que 10 cm de diâmetro e, embora isso pareça pequeno, seria suficiente para danificar uma espaçonave em alta velocidade. Já no caso da ISS, como a estação tem grandes dimensões, ela fica ainda mais vulnerável a impactos deste tipo — no ano passado, por exemplo, os tripulantes tiveram que realizar uma manobra de desvio para garantir que a estação não iria colidir com detritos espaciais.

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Fonte: Phys.org, Gizmodo