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Projeto "caça" as primeiras galáxias para estudar o fim da era das trevas

Por| Editado por Rafael Rigues | 19 de Julho de 2022 às 11h45

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ESA/Hubble/NASA/Judy Schmidt
ESA/Hubble/NASA/Judy Schmidt

Um novo projeto chamado COMAP (CO Mapping Array Project) começou a estudar os sinais de rádio emitidos pelas galáxias mais distantes e antigas do universo, com objetivo de entender melhor como elas se formaram. Com a câmera de rádio mais poderosa já construída, a equipe espera observar o fim da era das trevas e vislumbrar o nascimento da luz como a conhecemos hoje.

Por meio dos sinais de rádio, os cientistas podem obter imagens dos objetos cósmicos atrás de grandes nuvens de poeira que bloqueiam a luz em outros comprimentos de onda, como a luz visível. Assim, eles terão acesso a galáxias que jamais foram observadas antes, mesmo aquelas de brilho muito fraco, para descobrir o que causou o aumento da produção de estrelas no universo após a era das trevas.

Encontrar essas galáxias não é fácil, mas os astrônomos do COMAP procura sinais de rádio que indiquem a presença de monóxido de carbono, que é sempre encontrado com o hidrogênio frio — a matéria-prima da qual as estrelas são feitas. A fase atual do projeto utiliza uma antena parabólica de 10,4 metros na Owens Valley Radio Observatory (OVRO) da Caltech.

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Na imagem acima, à esquerda, está uma simulação mostrando as posições das galáxias em cinza, enquanto no centro há um mapa simulado da intensidade de carbono do mesmo campo. Por, fim, à direita, está um espectro de potência para o mapa de intensidade mostrado no painel central.

Os primeiros resultados científicos do projeto já foram divulgados, relatando as observações de um período de um ano. A equipe publicou os limites superiores de quanto gás frio deve estar presente nas primeiras galáxias. O projeto foi planejado para durar cinco anos, período para que as detecções diretas do sinal de carbono sejam registradas.

Quando essas detecções acontecerem, o COMAP deve mostrar um cenário rico que descreve essa era do universo. "Olhando para o futuro do projeto, pretendemos usar essa técnica para olhar cada vez mais para trás no tempo", diz Kieran Cleary, pesquisador principal do projeto. "Começando 4 bilhões de anos após o Big Bang, continuaremos recuando no tempo até chegarmos à época das primeiras estrelas e galáxias, alguns bilhões de anos antes."

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Os sete artigos que descrevem os primeiros resultados do COMAP foram publicados na The Astrophysical Journal.

Fonte: Caltech