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Processo de Jeff Bezos deve atrasar (mais) o retorno da humanidade à Lua

Por| Editado por Patricia Gnipper | 23 de Agosto de 2021 às 17h13

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NASA
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Na semana passada, a Blue Origin, empresa fundada por Jeff Bezos, processou a NASA devido ao contrato para o desenvolvimento do novo lander lunar para o programa Artemis. Contudo, Bill Nelson, administrador da NASA, afirma que esse novo desdobramento deverá, sim, resultar em ainda “mais atrasos” para cumprir o objetivo de levar astronautas novamente para a superfície lunar, que estava estimado para 2024.

Em sua fala, Nelson explicou que os advogados do Departamento de Justiça são responsáveis pelo caso, e não a NASA. “Mas o meu entendimento dos nossos advogados, que estão em contato com os do Departamento de Justiça, é que eles devem ter uma ideia do cronograma avançando nas próximas duas semanas”, disse ele, em entrevista.

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A Blue Origin processou a NASA após a agência espacial anunciar a SpaceX como a única vencedora do contrato para o desenvolvimento do novo lander lunar, sendo que a disputa contava também com a empresa Dynetics. A empresa de Bezos não gostou do resultado e, desde então, vem lutando para mudar a decisão da NASA — e o capítulo mais recente do conflito surgiu com o processo da Blue Origin contra a agência espacial.

Como resultado, o contrato para o desenvolvimento do lander lunar foi pausado pela segunda vez — a primeira aconteceu quando a Blue Origin e a Dynetics apresentaram protestos contra a escolha, que acabaram rejeitados por parte do órgão responsável —, e deverá ficar suspenso até o dia 1º de novembro. Nelson ressaltou que, agora, a questão não está mais nas mãos da NASA, “mas sim no sistema legal e no Departamento de Justiça”.

Para completar, a agência espacial enfrenta outros desafios em paralelo: um relatório recente mostrou que, mesmo que o lander lunar fique pronto em 2024, os novos trajes espaciais usados pelos astronautas para caminhar na superfície da Lua também estão atrasados e deverão ser finalizados no mínimo em abril do ano seguinte, dificultando o cumprimento do cronograma.

Fonte: SpaceNews