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Poderoso laser de rádio é detectado a 5 bilhões de anos-luz da Terra

Por| Editado por Rafael Rigues | 07 de Abril de 2022 às 19h00

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MeerKAT
MeerKAT

Uma intensa emissão a laser a cerca de 5 bilhões de anos-luz da Terra, foi detectada pelo radiotelescópio MeerKAT do Observatório de Radioastronomia da África do Sul (SARAO). A descoberta foi realizada por uma equipe internacional de astrônomos liderada por Dr Marcin Glowacki, da Curtin University, e representa o “megamaser” mais distante deste tipo já identificado até o momento.

Os megamasers são lasers astronômicos que não são emitidos em comprimentos de luz visível, mas sim em micro-ondas. Já os chamados “megamasers OH”, como aquele identificado pelo MeerKAT, são emissões com comprimentos de onda de 18 cm, detectados quase exclusivamente nas galáxias infravermelhas.

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O objeto recebeu o nome Nkalakatha, uma expressão na língua zulu que significa “grande chefe”. Ele foi identificado durante a primeira noite de um levantamento, que envolveu mais de 3.000 horas de observações do radiotelescópio MeetKAT.

Glowacki explica que, quando duas galáxias colidem, o gás presente nelas fica extremamente denso e pode desencadear emissões de feixes de luz. “Este é o primeiro megamaser de hidroxila já observado pelo MeerKAT, e o mais distante já observado por qualquer telescópio até hoje”, ressaltou.

Ele ficou surpreso com a detecção do megamaser em apenas uma noite de observações. "Isso mostra o quão bom é este telescópio", comemorou. Os estudos dos masers de hidroxila e hidrogênio podem ajudar os astrônomos a entender melhor a evolução do universo.

Agora, a equipe está usando o telescópio para observar regiões estreitas do céu com alta profundidade, e planeja coletar medidas do hidrogênio atômico em galáxias distantes. “Planejamos observações de acompanhamento do megamaser, e esperamos conseguir muitas outras descobertas”, finalizou o professor.

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O artigo com os resultados do estudo foi aceito para publicação na revista The Astrophysical Journal Letters e está disponível no repositório online arXiv, sem revisão de pares.

Fonte: arXiv; Via: Curtin University