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Planetas "órfãos" podem ter oceanos líquidos que permitam existência de vida

Por| Editado por Patricia Gnipper | 01 de Outubro de 2021 às 19h40

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Domínio público
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Em meio aos milhares de candidatos a exoplanetas já descobertos, há aqueles que são “órfãos”, ou seja, que viajam livremente pelo espaço sem estarem gravitacionalmente presos a nenhuma estrela. Embora não tenham nenhum astro os aquecendo, uma equipe de cientistas considera que, mesmo vagando pelo frio do espaço interestelar, eles podem oferecer condições que permitam a existência de vida.

Manasvi Lingam, astrobiólogo e um dos autores de um novo estudo, tem grande interesse nas possibilidades para a vida que esses planetas “órfãos” podem ter, e observou que, para cada sistema estelar descoberto, há entre 30 e 40 planetas viajando pelo espaço interestelar. “Normalmente, pensamos em planetas presos a estrelas, como Marte, que possam abrigar vida; na realidade, esses tipos de planetas amigáveis para a vida podem estar flutuando livremente pelo espaço com biosferas ricas”, explica ele.

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Assim, os autores estudaram as possibilidades de sobrevivência da vida em um planeta órfão através de oceanos líquidos sob uma espessa camada de gelo, que, talvez, permitam a existência de vida. Embora o espaço interestelar seja frio demais para esses oceanos se manterem em estado líquido, os autores acreditam que a camada de gelo poderia servir como proteção para a biosfera, e que o núcleo do planeta poderia aquecê-lo.

Agora, os próximos passos do estudo envolvem experimentos para os autores descobrirem as condições através das quais a vida poderia sobreviver, como temperaturas ou pressão baixas demais — uma forma de fazer isso é estudar microrganismos que vivem sem a necessidade de luz solar. Além disso, eles pretendem também analisar planetas do tipo conforme passam pelo Sistema Solar para, assim, pesquisar as condições do planeta e descobrir se poderiam facilitar a ocorrência de vida.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista International Journal of Astrobiology.

Fonte: Florida Institute of Technology