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Planetas do sistema TRAPPIST-1 são alinhados com rotação de sua estrela

Por| 18 de Maio de 2020 às 13h15

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Reprodução/Universe Today
Reprodução/Universe Today

Astrônomos conseguiram determinar que os planetas do sistema estelar TRAPPIST-1, um dos mais interessantes até agora por contar com planetas rochosos semelhantes à Terra, está todo alinhado com a rotação da estrela anfitriã. Essa informação não só ajuda a entender melhor o sistema como também contribui com o estudo sobre a formação planetária no universo como um todo.

Descoberto em 2017, o TRAPPIST-1 é formado por sete planetas rochosos que giram em torno de uma estrela localizada a apenas 40 anos-luz de distância. Três desses mundos ficam na zona habitável da estrela e dois destes têm tamanho próximo ao do planeta Terra. Essas características já o tornam interessantes o suficiente para que cientistas se dediquem a estudos sobre as características específicas de cada um desses exoplanetas.

Com o telescópio japonês Subaru, localizado no Havaí, os astrônomos descobriram que os todos aqueles planetas estão alinhados em relação à rotação de sua estrela, ou seja, com a linha equatorial dela. Com isso, podemos afirmar que o sistema teve uma formação pacífica.

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Estrelas como o nosso Sol giram em torno de si mesmas em um eixo, assim como o planeta Terra. No Sistema Solar, as órbitas de todos os planetas estão alinhadas com a rotação do Sol, e os astrônomos antigamente deduziam que isso era uma regra para todos os sistemas estelares. No entanto, hoje existem muitos exemplos de exoplanetas cujas órbitas estão bastante desalinhadas do eixo de rotação da estrela central.

Isso levanta uma questão pertinente: esses sistemas planetários desalinhados de suas estrelas já se formam assim ou eles foram desalinhados por alguma perturbação cósmica?

Bem, a estrela central do TRAPPIST-1 é uma anã M, ou seja, é fria e de massa muito baixa, e seus planetas estão localizados muito perto dela. Portanto, apesar de algumas semelhanças, tal sistema é muito diferente do Sistema Solar. Determinar a história dele é importante porque pode ajudar a determinar se algum desses planetas potencialmente habitáveis realmente sustenta alguma forma de vida. Mas também é interessante porque não há objetos próximos dele que possam ter perturbado as órbitas de seus planetas.

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Isso significa que as órbitas de todos os mundos do TRAPPIST-1 ainda devem permanecer mais ou menos nos mesmos lugares desde suas formações, já que não há nada por ali que poderia ter causado algum deslocamento. Isso dá aos astrônomos a chance de investigar as condições primordiais do sistema.

No entanto, Teruyuki Hirano, líder da equipe que fez essa descoberta, adverte que “os dados sugerem o alinhamento do giro estelar com os eixos orbitais planetários, mas a precisão das medições não foi suficiente para descartar completamente um pequeno desalinhamento da órbita de rotação”. No entanto, ele acrescenta que esta é a primeira detecção desse tipo em planetas semelhantes à Terra, e novas pesquisas devem trazer mais detalhes sobre as características desses planetas.

Fonte: Phys.org