Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Novo método pode reduzir luz prejudicial às imagens dos telescópios espaciais

Por| Editado por Patricia Gnipper | 20 de Maio de 2021 às 16h40

Link copiado!

Reprodução/Jacub Gomez/Pixabay
Reprodução/Jacub Gomez/Pixabay

Uma equipe de pesquisadores do Centre Spatial de Liege (CSL), da Universidade de Lieja, na Bélgica, desenvolveu um método para identificar o que causa e de onde vem a luz dispersa presente nos telescópios espaciais, que prejudica as imagens produzidas. Este método é um avanço importante para a engenharia espacial e poderá ajudar no desenvolvimento de instrumentos cada vez mais potentes. 

Embora os telescópios espaciais tenham cada vez mais recursos, a performance deles acaba limitada devido à luz dispersa, um fenômeno que causa reflexos luminosos “fantasma”. Estes reflexos fazem com que as imagens percam nitidez, prejudicando a qualidade das observações. Para dificultar ainda mais, os métodos que existem atualmente para checar essa luz durante o desenvolvimento dos telescópios são limitados, tanto que era possível somente checar se o instrumento seria sensível a este fenômeno da luz.

Continua após a publicidade

Se sim, os engenheiros teriam que repassar todos os cálculos que fizeram, e isso acaba atrasando o desenvolvimento dos instrumentos. É aqui que entra o método desenvolvido pelos pesquisadores, que pode resolver o problema utilizando pulsos de laser que enviam feixes de luz ao telescópio. O potencial do método é grande, e pode levar a uma pequena revolução no campo dos instrumentos espaciais: “já recebemos muito interesse da Agência Espacial Europeia (ESA) e de indústrias do setor espacial”, comentou Marc Georges, co-autor do estudo. 

Lionel Clermont, especialista em sistemas espaciais ópticos e principal autor do estudo, explica que estes raios de luz seguem caminhos ópticos diferentes em relação aos raios que formam as imagens: “graças a isso, e com um detector ultrarrápido, medimos a imagem e os diferentes efeitos da luz dispersa em diferentes momentos", comenta. Então, com essa decomposição da luz, a equipe consegue identificar cada luminosidade que contribui para o efeito com base no tempo de chegada delas, que se relacionam diretamente ao caminho óptico e, assim, indica a origem do problema.

O autor conta que, com as medidas, eles conseguiram aplicar a engenharia reversa teórica em modelos: “isso vai permitir, por exemplo, construir modelos melhores de processamento no futuro”, diz. Ao relacionar as medidas aos modelos numéricos, os cientistas podem determinar com precisão a origem da luz dispersa e, assim, agir para melhorar o hardware e algoritmos de correção que melhorem o sistema. 

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Scientific Reports.

Continua após a publicidade

Fonte: SpaceDaily