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Novo catálogo reúne quase 2 mil supernovas e outros fenômenos

Por| Editado por Patricia Gnipper | 17 de Março de 2023 às 16h46

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Aaron M. Geller, Northwestern University
Aaron M. Geller, Northwestern University

Após três anos de trabalho, o Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí publicou o maior levantamento já feito de supernovas relativamente próximas. O projeto começou em 2019 e, através de análises de mais de 1.500 graus quadrados do céu a cada três dias com o telescópio Pan-STARRS, foi possível identificar milhares de novas explosões cósmicas e fenômenos cósmicos transientes, sendo que alguns foram observados horas ou dias após a terem ocorrido.

Os novos dados contêm informações sobre quase duas mil supernovas, causadas pelas explosões de estrelas massivas que chegaram ao fim de suas vidas, junto de objetos luminosos variáveis observados em diferentes comprimentos de onda. Ainda, este foi o primeiro levantamento a usar imagens em múltiplas cores para classificar as supernovas e estimar as distâncias delas.

A publicação dos dados foi feita por meio do Young Supernova Experiment (YSE), iniciativa desenhada para identificar fontes astrofísicas energéticas transientes, como supernovas, eventos de disrupção de marés e quilonovas, explosões ainda mais energéticas que as supernovas. Estes eventos evoluem rapidamente, alcançam brilho máximo e, depois, desaparecem ao longo de dias ou meses.

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Ken Chambers, diretor do observatório Pan-STARRs, afirmou que a colaboração com o YSE proporcionou uso excepcional das capacidades do Pan-STARRS para estudar o céu rotineiramente em busca de fenômenos transientes e objetos em movimento. “Oferecemos uma amostra sem precedentes de supernovas jovens, descobertas antes do pico de luminosidade, que serão um recurso importante para pesquisadores e cosmologistas por muitos anos”, disse.

Os grandes levantamentos de imagens, como este, são estudos sistemáticos de áreas amplas no céu, e oferecem dados de várias partes do espectro eletromagnético para estudos científicos variados — como o estudo de galáxias distantes e a evolução delas ao longo do tempo, análises de regiões importantes, entre outras finalidades.

Tanto o levantamento quanto as ferramentas usadas na análise dos dados serão essenciais para o futuro estudo Legacy Survey of Space and Time (LSST), que usará um novo telescópio no observatório Vera C. Rubin. O instrumento vai observar o céu a cada três noites, e deverá identificar tantos objetos variáveis e em explosão que será impossível realizar observações de acompanhamento detalhadas.

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O artigo que descreve as descobertas foi publicado no repositório online arXiv, sem revisão de pares.

Fonte: arXiv; Via: University of Hawai