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Nebulosa rara ao redor de gigante vermelha ganha foto espetacular

Por| Editado por Patricia Gnipper | 13 de Julho de 2023 às 16h14

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International Gemini Observatory/NOIRLab/NSF/AURA
International Gemini Observatory/NOIRLab/NSF/AURA

O telescópio Gemini South, operado pelo NOIRLab, registrou os últimos momentos de uma estrela em seu “leito de morte”. A nebulosa IC 2220, apelidada de Toby Jug Nebula, é uma concha de gás e poeira formada ao redor de uma gigante vermelha em fase final, prestes a se tornar uma anã branca — um processo que acontecerá com o Sol daqui a 4,5 bilhões de anos.

Localizada a cerca de 1200 anos-luz de distância, na direção da constelação de Carina, a Toby Jug é o que costuma ser chamada de “nebulosa planetária”, embora o termo possa levar os desavisados ao erro — essas nebulosas não têm relação alguma com planetas, mas sim às estrelas de baixa massa.

Quando uma estrela abaixo de 8 massas solares encerra seu ciclo de fusão nuclear, o processo de degeneração se inicia, com o objeto se contraindo devido à falta de pressão em seu interior. Assim, as camadas mais externas se expandem até atingirem 400 vezes seu tamanho original, engolindo quaisquer objetos que estejam em sua órbita.

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Nessa fase, a estrela recebe o nome de gigante vermelha, uma classe da qual estrelas como Betelgeuse fazem parte. Em seguida, as camadas se dispersam e se transformam em uma nebulosa, como é o caso da IC 2220. No momento, essa nebulosa ainda está em formação, já que a estrela HR3126 em seu interior ainda é uma gigante vermelha agonizante.

O tempo de transição entre a fase de gigante vermelha e a de anã branca é relativamente curto, por isso encontrar objetos como o IC 2220 não é muito comum. Além disso, nebulosas com lóbulos duplos como esta são difíceis de encontrar, de modo que a Toby Jug Nebula se tornou um alvo de estudos dos astrônomos.

Esse tipo de objeto se chama “nebulosa de reflexão” porque essa nuvem de material ejetado reflete a luz da estrela central. No caso dessa nebulosa em específico, os dados de luz infravermelha apontam que o composto responsável por essa reflexão é o dióxido de silício.

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A imagem foi obtida pelo time Communication, Education & Engagement, como parte do programa Legacy Imaging Program, do NOIRLab e as observações foram feitas com o Gemini South, uma das duas metades do Observatório Internacional Gemini.

Fonte: NOIRLab